Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Podiam levar os feijões do pastor Valdemiro, diz sanitarista sobre força-tarefa da cloroquina montada por Pazuello
Ministério da Saúde mandou médicos que defendem o que chamam de tratamento precoce para Manaus
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Para Gonzalo Vecina Neto, médico sanitarista e professor da Universidade de São Paulo, a decisão do Ministério da Saúde de montar e financiar uma força-tarefa para incentivar o uso de cloroquina e outras medicações enquanto Manaus sofre com falta de leitos e de oxigênio, revelada pelo Painel neste sábado (16), tem caráter simbólico importante.
Ele diz que a ação terá de ser usada no futuro “para demonstrar cabalmente que o Ministério da Saúde abandonou sua tarefa de salvar vidas e passou a espalhar crenças. A utilização desses medicamentos só se justifica pela crença".
“Podiam levar também os feijõezinhos do pastor Valdemiro [Santiago]. Devem fazer o mesmo efeito”, completa.
Vecina faz referência ao pastor evangélico que em seu canal no YouTube vendeu sementes de feijão e afirmou que, se fossem cultivadas, elas curariam o novo coronavírus.
"É um duplo desastre. Gasta dinheiro no lugar errado e na hora errada, e além disso, quando chegam lá, tiram a pessoa de sua função a pessoa que estaria fazendo um trabalho importante. É inacreditável como o Pazuello e aquela equipe conseguem fazer uma bobagem em cima da outra em um momento em que todos deveríamos estar fazendo um esforço pela vacina. Impressionante, impressionante.
Como mostrou o Painel, a força-tarefa agiu na segunda-feira (11), um dia após o governador Wilson Lima (PSC) pedir socorro ao governo federal e a outros estados devido à falta de oxigênio no estado.
Eles passaram em Unidades Básicas de Saúde e falaram com profissionais da área, para os quais defenderam o uso de ivermectina e hidroxicloroquina, medicamento que já foi associado à arritmia cardíaca.
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