Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Prefeito de Mogi das Cruzes decreta feriadão para servidores no 2º turno
Caio Cunha, do Podemos, transferiu Dia do Servidor Público para segunda (31) e deu ponto facultativo na terça (1º) para que funcionários possam emendar com Dia dos Finados (2)
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O prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (Podemos), decretou um grande feriado estendido até 2 de novembro, Dia de Finados, em decisão que, segundo ele, foi tomada após solicitação de servidores municipais, em meio a preocupações com aumento da abstenção no segundo turno das eleições.
Cunha transferiu de sexta-feira (28) para segunda-feira (31) o Dia do Servidor Público. Além disso, decretou ponto facultativo na terça-feira (1º), véspera do Dia de Finados.
Na maioria dos estados, o Dia do Servidor foi transferido para o dia 14 de novembro, véspera do feriado da Proclamação da República. Procurado, o prefeito afirmou ter tomado a decisão após "solicitação dos próprios servidores municipais."
"Entendemos que a medida vem beneficiar a categoria, ampliando o descanso e reconhecendo o esforço de quem tanto trabalha por Mogi das Cruzes, principalmente neste período de retomada pós pandemia, considerando que boa parte dos servidores permaneceu na linha de frente ou no apoio dos serviços públicos", afirmou.
Ele descartou a possibilidade de a medida ter impacto na abstenção na votação. Na avaliação do prefeito, o Dia do Servidor já "iria emendar com o fim de semana da eleição —na prática, já teríamos um fim de semana prolongado para os servidores municipais."
"Tenho certeza de que aqueles cidadãos preocupados com a Democracia —servidores ou não— irão às urnas no dia 30 de outubro, independentemente de fim de semana prolongado ou não."
Em suas redes sociais, Cunha apoia o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), na disputa contra Fernando Haddad (PT) pelo governo de São Paulo.
A prefeitura de Mogi das Cruzes também não deve oferecer transporte gratuito no segundo turno. Na terça-feira (18), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) liberou prefeitos a oferecerem transporte de graça a eleitores.
Em resposta a um usuário que disse que a medida foi tomada porque Cunha apoiava Bolsonaro, o prefeito argumentou que "não existe gratuidade da passagem de ônibus". "Alguém vai ter que pagar. A empresa de ônibus e a prefeitura estão preparadas para isso", escreveu.
"Além disso, não há parâmetro quantitativo, financeiro e nem do real efeito a ser gerado", complementou, sugerindo que, da próxima vez, se destine parte dos bilhões do fundo eleitoral para isso.
Historicamente, abstenção é maior entre os eleitores mais pobres e de menor escolaridade, universo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem mais votos. A maior parte dos sindicatos de servidores públicos também manifestou apoio a Lula na disputa contra Bolsonaro.
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