Siga a folha

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Descrição de chapéu Folhajus

Ex-ministro da CGU vê problemas na troca de multas de empresas por obras

Para Valdir Simão, ideia acalentada pelo atual governo pode gerar distorções

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

Ministro do Planejamento e da CGU (Controladoria-Geral da União) no governo de Dilma Rousseff (PT), o advogado Valdir Simão acredita que a proposta de substituir pagamentos dos acordos de leniência de empresas envolvidas em escândalos por execução de obras é insuficiente para corrigir distorções. "É preciso revisitar os acordos e fazer uma análise mais profunda", argumenta.

A ideia vem sendo ventilada pelo atual governo federal e conta com a simpatia, por exemplo, do ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Um dos problemas que Simão aponta é o fato de nem todas as empresas que firmaram acordos serem empreiteiras, ou seja, nem todas executarem obras, o que geraria um desequilíbrio já na largada.

Além disso, seria necessário verificar eventuais conflitos com a Lei de Licitações. "As empresas que têm parcelas a acertar teriam preferência sobre novas obras? As empresas que nunca cometeram ilícitos ficariam de fora?", indaga.

Ex-ministro do Planejamento e da CGU (Controladoria-Geral da Previdência) Valdir Simão. (Foto: AFP PHOTO/EVARISTO) - AFP

Simão defende que os contratos sejam reanalisados à luz de um normativo assinado em 2020 entre CGU, AGU (Advocacia-Geral da União) e TCU (Tribunal de Contas da União) com a mediação do STF (Supremo Tribunal Federal), criando um balcão único de negociação.

Umas das críticas feitas à época da Lava Jato era de que as empresas negociavam em diferentes instâncias, eram condenadas a multas altas em cada uma delas e isso acabava comprometendo sua sobrevivência posteriormente.

"É necessário rever valores, inclusive. Foram incluídos débitos que não deveriam estar ali", sustenta.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas