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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Delator que diz ter sido agente infiltrado de Moro vai depor à PF dentro de 30 dias

Tony Garcia diz ter sido obrigado a gravar pessoas a pedido do ex-juiz, que nega e fala em relato 'mentiroso'

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Curitiba

O empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia vai prestar depoimento à Polícia Federal sobre as recentes acusações que fez contra o senador e ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil-PR) e também contra procuradores da República no Paraná. A oitiva foi autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), atendendo a um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República).

Na sua decisão, assinada em 30 de junho, Toffoli dá 30 dias para que Tony Garcia seja ouvido pelo delegado da PF Rafael Fernandes Souza Dantas. O ministro escreve que o depoimento servirá para que Garcia "possa esclarecer, em detalhes e com apresentação dos respectivos documentos, as denúncias por ele formuladas".

O empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia em imagem de 2018 - Reprodução

Há quase um mês, Garcia disse que foi obrigado a gravar pessoas de forma ilegal a pedido de procuradores e de Moro após firmar acordo de colaboração premiada em 2004, na esteira do caso do Consórcio Nacional Garibaldi, no qual ele foi acusado de gestão fraudulenta. "Eu fui um agente infiltrado deles", disse Garcia, em entrevista à Folha.

Moro tem dito que o empresário faz um "relato mentiroso e dissociado de qualquer amparo na realidade ou em qualquer prova".

As supostas ilegalidades teriam ocorrido especialmente entre os anos de 2005 e 2006 e, segundo Garcia, foram informadas à juíza federal Gabriela Hardt, da 13ª Vara de Curitiba, em audiência realizada em 2021, quando o empresário tentava convencê-la de que a rescisão do seu acordo de delação era injusta. O acordo foi rescindido pela magistrada no final de 2022 atendendo a um pedido do MPF (Ministério Público Federal).

Mas, segundo Garcia, a juíza Hardt não teria tomado providências sobre o conteúdo das denúncias. Em abril deste ano, o juiz Eduardo Appio, então responsável pela 13ª Vara de Curitiba, encaminhou os relatos ao STF.

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