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Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Catarina Scortecci e Danielle Brant

Descrição de chapéu MST Governo Lula

Núcleo duro de Lula turbina projeto eleitoral inédito do MST

Marqueteiros de Lula e Haddad fizeram apresentações e ensinaram técnicas de comunicação aos pré-candidatos sem-terra

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Guararema

Aliados de peso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participaram nesta quinta-feira (11) do último dia da plenária nacional das pré-candidaturas do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

O encontro é uma iniciativa inédita do MST para organizar e qualificar as pré-candidaturas de acampados, assentados e simpatizantes, que, como mostrou o Painel, podem chegar a até 700 em 2024, entre postulantes aos cargos de vereadores, vice-prefeitos e prefeitos.

Exclusivo para os pré-candidatos, o evento reuniu cerca de 300 participantes na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (79 km de São Paulo).

Marqueteiro Sidônio Palmeira durante plenária nacional das pré-candidaturas do MST - Divulgação/Comunicação do MST

Nesta quinta, os marqueteiros Sidônio Palmeira, responsável pela campanha de Lula em 2022, e Otávio Antunes, que realizou a de Fernando Haddad em 2018, fizeram apresentações com ideias, lições e instruções diretas e práticas para os pré-candidatos do MST.

Paulo Okamotto, presidente da Fundação Perseu Abramo, e Gleisi Hoffmann, presidente do PT, também participaram.

Em sua fala, Antunes listou técnicas de comunicação, com atenção especial aos pré-candidatos a vereador. Ele destacou a importância do contato "olho no olho" com os eleitores, do pedido de voto com aperto de mãos e firmeza, de organizar uma agenda para todos os dias da campanha e da confecção de listas de pessoas para as quais pedir votos e apoio.

Ele também recomendou que os pré-candidatos sejam "as melhores versões de si mesmos nos períodos curtos da pré-campanha", sem mudanças bruscas de identidade nas redes sociais apenas para seguir tendências.

Em tom de brincadeira, ele fez uma demonstração de como funcionaria um pedido de voto com um pré-candidato do MST.

Em sua apresentação, Sidônio também destacou a importância da conversa direta para os pré-candidatos a vereadores. Ele sublinhou a força do nome do MST e sugeriu que os membros do movimento explorem esse reconhecimento eleitoralmente.

Segundo ele, a extrema direita trabalha com o ódio e a mentira, que geram engajamento com mais facilidade. A mentira é criativa, diferente da verdade, que é mais sem graça, argumentou.

Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e João Paulo Rodrigues, dirigente sem-terra, durante plenária nacional das pré-candidaturas - Divulgação/Comunicação do MST

Como a única opção é trabalhar com a verdade, disse Sidônio, a solução seria produzir materiais simples, que mexam com as emoções dos eleitores, recorram ao humor e tratem de problemas que afligem as pessoas.

"O meme não pode engolir a política, mas ele pode conquistar as pessoas", disse. Ele exibiu vídeos para ilustrar seus argumentos. Em um deles, gravado pelo celular e que viralizou nas redes sociais em 2022, um rapaz conta ao pai agricultor no sertão baiano que passou na faculdade de medicina.

Sidônio também mostrou a peça feita por ele que ficou conhecida como "dois lados", exibida no lançamento da pré-candidatura de Lula em 2022.

Ela exibe cenas de miséria, desmatamento e violência, além de covas destinadas a vítimas da Covid, em contraste com imagens de colheita, comida no prato e profissionais de saúde no combate da pandemia. Nesse caso, as lições de comunicação eleitoral seriam a linguagem direta e a clara identificação do lado político do candidato.

Tanto Sidônio como Okamotto disseram ter sido incentivados por Lula a participar do evento. Okamotto disse que o presidente manifestou preocupação com o distanciamento entre o PT e suas bases sociais e que defendeu que o partido precisa de parlamentares que sirvam ao partido, e não o contrário. Sidônio disse que Lula vibrou ao ouvir que ele falaria com os membros do MST.

Por sua vez, Gleisi disse que o PT apoia o projeto eleitoral do MST e o enxerga como parte de uma tentativa mais ampla de aumentar a representação progressista que desemboca na busca de Lula pela reeleição em 2026.

Além disso, ela frisou que o crescimento do número de vereadores e prefeitos de esquerda é fundamental para que eles ajudem nas eleições de deputados e senadores nas próximas disputas, já que o governo Lula tem bancada frágil no Congresso e está sob pressão constante do grupos majoritários de centro-direita e direita.

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