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Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Catarina Scortecci e Danielle Brant

Ratinho Junior diz que não admite 'invasão de índios paraguaios em terras' e cobra governo federal

Governador do Paraná ameaça buscar autorização judicial para fazer reintegrações de posse

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Curitiba

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), criticou a demora do governo federal para fazer reintegrações de posse de terra determinadas pela Justiça Federal no oeste do estado, onde há um histórico conflito entre indígenas e produtores rurais, e acrescentou que o próprio governo paranaense vai tentar fazer as desocupações se a União não agir.

"O que acontece na fronteira é que a reintegração é de competência do governo federal, da Polícia Federal. Mas deixei claro ontem ao governo federal que, se eles não fizerem as reintegrações, o Estado vai ser obrigado a entrar na Justiça Federal para ter o direito de fazer a reintegração de posse. Porque nós não vamos admitir que índios paraguaios invadam terras privadas aqui no Paraná", afirmou ele, durante entrevista à imprensa nesta terça-feira (30), no Palácio Iguaçu.

Governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), se reuniu nesta segunda-feira (29) com representantes do governo federal, por videoconferência, para tratar do conflito no oeste do estado - Divulgação/AEN

Ratinho Junior se reuniu nesta segunda-feira (29) com representantes do governo federal para tratar do tema. E uma nova reunião com a Casa Civil deve ser marcada.

"Quando é uma obrigação do estado, a gente rapidamente faz a reintegração. Já fizemos 120 nos últimos 5 anos, nenhuma com problema de violência. Todas elas feitas em cima do diálogo", acrescentou ele.

Ratinho também cobrou uma solução permanente para a área, já que se trata de um conflito histórico, de mais de 40 anos, quando a construção da Itaipu Binacional inundou terras onde viviam povos indígenas.

O conflito na região é histórico, mas se intensificou desde o final do ano passado.

De acordo com o governo federal, 22 famílias que já habitavam a TI Guasu Guavirá (delimitada pela Funai em 2018), no município de Terra Roxa, iniciaram a retomada dos territórios Arakoé e Arapoty. A região é tradicionalmente ocupada por indígenas avá guarani.

A Procuradoria-Geral do Estado disse que já existem liminares de sete ações de reintegração de posse e cinco interditos proibitórios, e que o prazo de 10 dias dado pela Justiça Federal para a desocupação amigável "está se encerrando".

"Que possamos achar uma solução para que o trabalhador rural não seja prejudicado", disse Ratinho Junior.

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