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Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Catarina Scortecci e Danielle Brant

Descrição de chapéu Assembleia Legislativa

Governo Ratinho Junior pede regime de urgência em projeto que privatiza Ferroeste

Proposta chegou nesta segunda-feira (5) à Assembleia Legislativa; empresa controlada pelo estado administra ferrovia entre Guarapuava e Cascavel

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Curitiba

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), pediu votação em regime de urgência do projeto de lei que autoriza a desestatização da Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.), protocolado nesta segunda-feira (5) na Assembleia Legislativa. A empresa administra o trecho de 248 quilômetros entre Guarapuava e Cascavel.

O modelo de votação –que na prática queima etapas de discussão para acelerar o trâmite do texto na Casa– tem sido usual na gestão Ratinho Junior quando se trata de propostas com potencial de confronto com a oposição. No final de 2022, o projeto de lei que autorizava o governo estadual a deixar o controle majoritário da Copel (Companhia Paranaense de Energia) foi aprovado em menos de uma semana.

Estado do Paraná é hoje o principal acionista da Ferroeste, cujo centro de operações está localizado em Cascavel, no oeste - Divulgação/AEN

Na mensagem enviada nesta semana aos deputados estaduais, Ratinho Junior repete a estratégia e pede que o projeto de lei da Ferroeste seja apreciado em regime de urgência "em razão da importância da matéria".

Procurada nesta terça-feira (6), a Casa Civil disse ao Painel, em nota, que o regime de urgência "tem previsão legal e é necessário diante do prazo [planejado pelo governo estadual] para o processo de início da desestatização".

A ideia é ter o aval do Legislativo para contratar um estudo que aponte uma modelagem de privatização, em um leilão na B3, em São Paulo. Todo o processo pode levar até 18 meses, segundo o governo estadual.

Hoje, a participação estatal na Ferroeste é de 99,6% - o restante das ações pertence a 46 empresas nacionais, três estrangeiras e seis pessoas físicas.

De acordo com o governo estadual, a operação da Ferroeste "não é sustentável sem que o Estado disponibilize, há vários anos, recursos para cobrir os déficits", o que "limita os investimentos necessários para a modernização".

Diz ainda que, desde que a Ferroeste foi criada, no final da década de 1980, existe a intenção de construir uma conexão ferroviária do Paraná ao Mato Grosso do Sul, o que até hoje não ocorreu "por ausência de capacidade de investimentos".

A Ferroeste transportou 1 milhão de toneladas entre Cascavel e Guarapuava em 2023. Soja, proteína animal, insumos agrícolas e combustíveis estão entre os produtos.

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