Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Lojas de móveis mudam nome de criado-mudo após considerar termo racista

Redes aderiram à campanha lançada pela Etna para substituir palavra por mesa de cabeceira

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Consciência Negra A decisão da Etna de abolir o termo criado-mudo em suas lojas e catálogos e adotar a expressão mesa de cabeceira foi seguida por suas concorrentes na semana passada.

Dicionário A Tok&Stok se comprometeu a entrar no movimento #CriadoMudoNuncaMais e alterar a nomenclatura na rede até 1º de janeiro, segundo Ivan Murias, presidente da empresa.

Em outras palavras Nas redes sociais, a Tok&Stok, por sua vez, lançou o convite à Leroy Merlin. A marca francesa diz que já conversa com seus fornecedores do marketplace para mudar a descrição dos produtos. Mobly e Breton também deram apoio.

Madeira A indústria de móveis lançou na Câmara uma frente parlamentar na quarta (20). Segundo Cândida Cervieri, diretora da Abimóvel (associação do setor), o grupo vai propor mudanças em leis trabalhistas, carga tributária e crédito para exportação.

A cineasta Sabrina Fidalgo, que já recebeu 13 prêmios, a maior parte deles pelo seu curta Rainha (2016), conta que já foi procurada por mais de 50 produtoras como "diretora negra" para que as empresas ganhassem editais da Ancine. "Eu sou uma artista, não uso minha negritude como profissão. Eu não sou seu negro, diz . Folhapress/Ricardo Borges

Primeira turma de medicina da Universidade Federal do Recôncavo, na Bahia, forma 12 médicos negros. /Antonio Wagner

Há 16 anos era sancionada a lei que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afrobrasileira no país, porém, a implementação da medida ainda é irregular. Na foto Pietra, 6 (esq) e Maria Clara, (5) em Atividade do projeto Azizi Abayomi na escola municipal Nelson Mandela. /Zanone Fraissat

Em 1912, uma série de atentados a terreiros de Alagoas, conhecido como Quebra de 1912 ou Quebra de Xangô o orixá mais cultuado em Alagoas à época, é considerada o segundo episódio mais traumático da história negra do estado onde um dia existiu o maior quilombo do país, Palmares. Na foto, uma cerimônia no Instituto Céu Estrela Guia, em São Paulo . Divulgação/

Nas universidades privadas, os negros ainda são minoria e representam 46,6%, enquanto os brancos e outros são 53,4%. Na foto, estudantes do coletivo negro AfroMack protestam contra racismo no Mackenzie, em São Paulo. Coletivo AfroMack/Divulgação/

A taxa de homicídio entre homens jovens negros (pretos e pardos) em 2017 era quase três vezes superior a de homens jovens brancos, segundo o IBGE. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 75,4% das pessoas mortas em decorrência de ações policiais eram negras. Além disso, 61% das mulheres vítimas de feminicídio negras. Folhapress/Zanone Fraissat

Para negros de direita e conservadores, como o vereador Fernando Holiday (DEM-SP), Zumbi dos Palmares não é herói e o dia da consciência negra não deveria ser comemorado em 20 de novembro. A direita prefere Luis Gama, advogado negro que foi escravo e se tornou um dos grandes abolicionistas brasileiros. Folhapress/Avener Prado

A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), eleita com mais de 100 mil votos, foi barrada por seguranças no dia de sua posse. Na foto, ela discursa no plenário da Câmara durante sessão solene em homenagem aos 131 anos da Lei Áurea. Apenas 24% dos deputados se declaram negros. No Senado, 20% dos congressistas são pretos e pardos. Folhapress/Pedro Ladeira

Pretos e pardos são maioria nas universidades públicas no Brasil pela primeira vez. Segundo o IBGE, grupo que representa 55,8% da população perfaz 50,3% dos alunos ensino superior público. Na foto, o ex-pedreiro Zivalso Nunes de Brito, que se formou em Direito com ajuda da Educafro. Folhapress/Gabo Morales

Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

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