Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Embraer vai precisar de ajuda após cancelamento de acordo com a Boeing, diz investidor

Presidente de associação afirma que empresa teve gastos elevados para se preparar para venda de braço de aviação civil

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Pouso Aurélio Valporto, presidente da associação de investidores Abradin e um dos maiores opositores da venda do braço de aviação civil da Embraer à Boeing, cancelada neste sábado (25), afirma que a fabricante brasileira precisará de subsídio estatal para se recuperar.

Turbulência "A Embraer gastou centenas de milhões fazendo a separação para a venda. Essas despesas foram as maiores culpadas pelo prejuízo apresentado em 2019", diz Valporto.

O Bandeirante, avião que deu origem à Embraer, nasceu de uma necessidade da FAB (Força Aérea Brasileira) para um novo avião de transporte militar. Ele fez seu primeiro voo em 1968 e foi produzido de 1970 a 1991. Divulgação/Embraer/

O bimotor turboélice, no entanto, também foi projetado para uso civil, apostando na aviação regional, que demandava aeronaves para aeroportos menores quando os aviões a jato começavam a ganhar espaço nas grandes cidades. Divulgação/Embraer/

O avião seguinte foi o Ipanema, voltado para o mercado agrícola. Divulgação/Embraer/

O presidente Arthur da Costa e Silva (à dir.) durante apresentação do avião agrícola Ipanema. Divulgação/Embraer/

O Xavante foi o primeiro avião a jato fabricado no Brasil. Produzido sob licença da italiana Aermacchi entre 1970 e 1976, foi usado para treinamento de pilotos militares e missões de ataque aéreo. Divulgação/Embraer/

O Xingu, lançado em 1976, foi o primeiro turboélice pressurizado fabricado pela Embraer. Divulgação/Embraer/

Conhecido como Brasília, o EMB-120 foi outro avião pensado para a aviação regional. Produzido entre 1983 e 2001, é um dos modelos mais vendidos da Embraer, com mais de 350 fabricados. Divulgação/Embraer/

Marco na história da empresa, o Tucano foi o primeiro avião com estrutura de turboélice que mimetizou comandos de um avião a jato, tornando-o opção de baixo custo para treinamento de pilotos militares. Mais de 600 unidades foram produzidas entre 1980 e 1996. Divulgação/Embraer/

Produzido em parceria com a italiana Aermacchi entre 1985 e 1999, o AMX era um caça subsônico de ataque, apoio e reconhecimento aéreo. Divulgação/Embraer/

A evolução do Tucano veio em 1999, com o Super Tucano, usado em missões de ataque, vigilância e reconhecimento aéreo, além de treinamento de pilotos. Divulgação/Embraer/

Lançado em 1995, o ERJ-145 abriu um novo nicho, o de jatos para 40 a 50 passageiros. Foi o primeiro avião apresentado após a privatização da Embraer, concluída no ano anterior. A família cresceu com as versões menores ERJ-135 e 140. Divulgação/Embraer/

Em 2001 a Embraer apresentou a linha de jatos executivos Legacy em duas versões, o 600 (foto) e o 650. Divulgação/Embraer/

A partir de 2002, o portfólio de aviões comerciais cresceu com o lançamento dos E-Jets, que inclui os modelos E170 (foto), E175, E190 e E195. Divulgação/Embraer/

Uma nova família de jatos executivos foi apresentada em 2008, com os Phenom 100 e 300, considerados minijatos. Divulgação/Embraer/

O Lineage 1000, apresentado em 2007, é atualmente o maior jato executivo da Embraer. Divulgação/Embraer/

O interior do Lineage permite múltiplas configurações de cabine. Divulgação/Embraer/

O cargueiro militar KC-390 foi um pedido da Força Aérea Brasileira, que encomendou 28 aeronaves em 2009. O primeiro voo aconteceu em 2015. Divulgação/Embraer/

Enquanto a Boeing comprou 80% da divisão de aviões comerciais para formar uma nova empresa, a Boeing Brasil Commercial, o programa do KC-390 (cujo interior é visto nesta foto) será administrado por uma joint-venture, em que a Embraer terá 51% do capital e a Boeing, os outros 49%. Divulgação/Embraer/

O lançamento mais recente na linha de jatos executivos são os Praetor 500 (foto) e 600, com super alcance. Divulgação/Embraer/

O principal lançamento da divisão de aviação comercial, agora Boeing Brasil Commercial, é a família de jatos E2, a segunda geração dos E-Jets. Na foto, o primeiro a nascer, o E190-E2, com até 106 assentos, na cerimônia de entrega para a companhia low-cost norueguesa Wideroe. Ainda virão o E195-E2 (maior) e o E175-E2 (menor). Li Ming/Xinhua/Li Ming

Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

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