Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Empresários veem pouco apoio a Guedes dentro do governo
Preocupação do setor privado abrange perda da capacidade de recuperação a estelionato eleitoral
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Menos Brasília Apesar da simbologia nos gestos de apoio a Paulo Guedes feitos por Bolsonaro após a debandada de Salim Mattar e Paulo Uebel, grandes empresários ficaram com a impressão de que a sustentação do ministro agora está fora de Brasília, no setor privado. “Guedes está num labirinto que não depende só dele. Desconfio que seu apoio venha mais de fora do que de dentro, e desconfio que teto e reforma são a encruzilhada que o fará ficar ou sair”, diz Horácio Lafer Piva (Klabin).
Mágoa Para Piva, Mattar foi um herói tombado. “É ativo e eficaz demais para Brasília e esta missão neste governo. Pessoa certa para o trabalho em momento errado. O jovem Uebel ainda tem muito pela frente e não pode perder tempo com frustrações”, afirma.
Fim da linha Antonio Carlos Pipponzi (RaiaDrogasil) prevê batalha perdida. “A saída de Salim Mattar e Paulo Uebel aponta para uma derrota da equipe econômica no sentido de enxugar a máquina do estado e criar condições para uma reforma tributária não onerosa”, diz ele.
Dor de cabeça O diretor-presidente da Seguros Unimed, Helton Freitas, afirma que a debandada é somente o sintoma de que algo já não ia bem com a agenda liberal deste governo. Mas aprofunda uma preocupação sobre a capacidade de recuperação em meio a pressões políticas.
Parte 2 “Considerando que o programa econômico liberal teve importante peso na eleição de Jair Bolsonaro, o enfraquecimento ou, ainda, o eventual abandono dessa agenda reprisa o episódio do estelionato eleitoral na novela política brasileira”, diz Freitas.
Prorrogação Christopher Vlavianos (Comerc) ainda estimula o ministro. “Acho que um técnico que atrai talentos em sua formação e vai perdendo esses talentos durante o campeonato, por qualquer motivo que seja, tem que reavaliar e se reinventar”, afirma.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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