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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Lojistas de shoppings pleiteiam reajuste de aluguel para os próximos 12 meses

Contratos costumam adotar IGP-M para correção; índice chegou a 23,14% neste ano

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São Paulo

Diante da queda no faturamento das lojas de shoppings, que fecharam as portas durante longo período na pandemia, comerciantes pressionam administradoras a reajustarem a cobrança de aluguel nos próximos 12 meses e o pagamento do 13º, que vence em janeiro mas já chegou em alguns boletos de dezembro.

Os contratos são indexados hoje pelo IGP-M, que foi a 23,14%. Comerciantes pleiteiam que os contratos sigam o IPCA e já entram em uma disputa para reajustar a cobrança em 2021, conforme antecipou a coluna.

“Os shoppings querem cobrar 23% e mais o 13º de aluguel. Ninguém aguenta porque as vendas caíram 35% no ano”, diz Tito Bessa Junior, presidente da Ablos (Associação Brasileira dos Lojistas de Satélites) e das lojas TNG. "Muita gente vai quebrar assim."

Para David Bobrow, presidente da marca infantil Tip Top, o pedido é justificado pela situação atípica da crise causada pela Covid. “Esse reajuste de 23% seria inviável em condições normais, agora com a restrição, fica impossível", afirma.

Andrea Duca, diretora da Gregory, que tem 60 lojas no país, diz que há shoppings dispostos a negociar, mas em geral, o cenário é de muita resistência. “Tem aqueles que são irredutíveis, o que é ruim, porque acabam matando suas galinhas de ovos de ouro.”

Em nota, a Abrasce (associação dos shoppings) diz que o setor desde o início da pandemia esteve aberto a discussões e que “as administradoras já abstiveram mais de R$ 5 bilhões em adiamento e suspensão de despesas".

Paula Soprana (interina), com Arthur Cagliari

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