Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Apagão do WhatsApp levanta discussão sobre cobranças no setor de telecom
Operadoras dizem que têm mais regulação e tributos que aplicativos
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O apagão do WhatsApp deve render discussões sobre o futuro do setor de telecomunicações pelos próximos meses. A Conexis Brasil Digital, associação que representa as operadoras, afirma que o problema que aconteceu nesta segunda-feira (4) deixou evidente uma assimetria de regulamentação que existe entre empresas provedoras de aplicações e as operadoras que atuam no mercado.
A entidade também reclama que falta isonomia na cobrança de impostos.
Enquanto há excesso de regulamentação e tributação recorde sobre os serviços de voz e dados oferecidos pelas prestadoras de telecomunicações, apps de mensagem e outras aplicações não estão sujeitos a índices de qualidade, não pagam as mesmas taxas, nem impostos setoriais como o Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações)”, diz a Conexis.
Para a entidade, também há margem para confusão. “Como o setor de telecom está na rotina do brasileiro há décadas e é altamente regulado em meio a uma gama de novos serviços, recaem sobre ele as reclamações, mesmo quando se trata de serviços que não são de sua responsabilidade, como os das aplicações”, diz em nota.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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