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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Carnaval fora de época surpreendeu restaurantes e bares

Movimento de turistas ajudou nas vendas, mas inflação preocupa, diz setor

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São Paulo e Rio de Janeiro

Os donos de bares e restaurantes começam a sentir nos feriados uma volta aos padrões da sazonalidade anterior à pandemia, que atingiu o setor com as restrições de funcionamento.

Pelo monitoramento de abrangência nacional da Abrasel, o Carnaval fora de época promovido neste feriado de Tiradentes fez crescer em 30% o faturamento de estabelecimentos no Rio de Janeiro.

Paulo Solmucci, presidente da entidade, ressalva que o cenário favorável, por falta de planejamento, não foi bem aproveitado no resto do país.

O tradicional Samba na 13, no Bixiga - Rubens Cavallari/Folhapress

"O carnaval no Rio foi muito bom. Já em São Paulo, ficou com aquela cara de feriadão e o pessoal saiu da capital", diz. Segundo ele, a arrecadação ficou em patamar estável.

Solmucci, que estima um crescimento de 3% para o setor neste ano, afirma que ainda há muita preocupação com o fechamento das contas, já que os restaurantes estão com parcelas de dívidas atrasadas e dificuldade de repassar a inflação aos consumidores em um cenário de econômica enfraquecida, o que compromete as margens.

Fábio Aguayo, da Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas), também registrou resultado positivo na região Sul, com alta de 40% no movimento. Ele atribui o aquecimento mais ao tempo disponível dos clientes no feriado do que aos eventos carnavalescos.

"Como a Semana Santa é mais familiar, o consumidor despejou a energia dele para o 21 de abril. Quem pensou em fazer alguma ação promocional para atrair os clientes se deu bem", diz.

Sylvio Lazzarini, diretor dos restaurantes Varanda Grill e membro da Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo), diz que o bom movimento não era esperado e surpreendeu.

Ele afirma que os feriados de quinta-feira costumam ser ruins para o setor porque os consumidores viajam. Lazzarini diz que tinha uma queda esperada de até 40% no movimento, mas ela não se confirmou.

"Na minha opinião, teve um movimento de turistas de outros estados e cidades de São Paulo. De 1 a 10, acho que foi uma semana 9", afirma o empresário.

Joana Cunha com Andressa Motter e Paulo Ricardo Martins

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