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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Empresário vê institucionalização do orçamento secreto após eleição

Fundador do RenovaBR diz que pleito teve marcas profundas de desequilíbrio e desigualdade

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São Paulo

O RenovaBR, grupo fundado em 2017 pelo empresário Eduardo Mufarej com o apoio de outros representantes do PIB para dar curso de política a potenciais candidatos, chegou à eleição de 2022 com 18 alunos eleitos para cargos nas Assembleias Legislativas e na Câmara dos Deputados. Uma cadeira a mais do que em 2018.

Ao olhar para o resultado da eleição do Congresso que saiu das urnas neste domingo (2), Mufarej diz que vê marcas profundas de desequilíbrio e desigualdade.

O empresário e investidor Eduardo Mufarej, que fundou em 2017 o RenovaBR, curso que prepara alunos de diferentes partidos para disputarem eleições - RenovaBR/Divulgação

Parte delas são a institucionalização do orçamento secreto, as medidas clientelistas e fisiológicas, além do tamanho do fundão eleitoral com distribuição injusta e arbitrária.

Mufarej avalia que a polarização da disputa presidencial atingiu o Legislativo. "Não à toa, PL e PT [partidos de Bolsonaro e Lula] montaram as duas maiores bancadas."

Nas palavras do empresário, o país passa por um momento profundo e deve repensar sua governabilidade. Segundo ele, os resultados revelam que os brasileiros não querem a moderação e o diálogo.

"Isso aumenta a responsabilidade do trabalho do RenovaBR. Apesar dessas adversidades, em apenas quatro anos, viabilizamos o aumento da participação de mais pessoas qualificadas à disposição dos brasileiros. Saímos de um volume de pouco mais de quatro milhões de votos em 2018 e chegamos a 6,8 milhões de votos neste ano", afirma.

Dos 18 eleitos, sete são deputados federais e onze estaduais filiados a 12 diferentes partidos e nove estados. Nos recortes de gênero e raça, segundo Mufarej, 39% são mulheres e 39% pretos, pardos ou amarelos.

"Tenho a confiança de que eles irão praticar o exercício legislativo seguindo os valores que aprenderam no Renova. Ao mesmo tempo, nos sentimos na obrigação de mencionar a grande quantidade de excelentes candidatos que ficaram pelo caminho, muitas vezes na tentativa de trazer ideias, enquanto a polarização dominou as eleições. Nesse campo, o Brasil perdeu", diz.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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