Grandes empresários e economistas que declararam apoio a Simone Tebet como alternativa à polarização entre Lula e Bolsonaro afirmam que vão seguir firmes na terceira via apesar de sua baixa pontuação nas pesquisas.
"A grande maioria dos empresários com os quais convivo, e que de fato lutaram e continuam a lutar pela terceira via, não abrirão mão do voto consciente, independentemente das pesquisas", afirma Antonio Carlos Pipponzi, presidente do conselho da RaiaDrogasil.
Um dos maiores entusiastas da candidatura de Tebet no empresariado, Pipponzi é signatário do manifesto "A melhor via para o Brasil", de apoio à emedebista, lançado em junho com cerca de 300 nomes, como Armínio Fraga, Maria Silvia Bastos Marques e Eduardo Mufarej.
Para Bastos Marques, a eleição segue polarizada, mas Tebet sai com saldo positivo. "Me sinto muito estimulada pelo fato de Tebet ter alcançado percentuais relevantes de aprovação e se posicionado como uma liderança de alcance nacional, apesar do muito pouco tempo para se tornar conhecida e considerando que os três outros candidatos estão há décadas no cenário político", afirma.
Mufarej diz que também segue apoiando a candidata. "Um dos desafios da nossa eleição é a polarização, e ela hoje ainda é a esperança de diálogo e tolerância nas discussões desafiadoras do nosso país. Minha preocupação agora é com o Congresso. Precisamos olhar com atenção qual parlamento teremos a partir de 2023. Independentemente do presidente, a governabilidade estará por lá", afirma.
A posição não é consenso entre os signatários no manifesto pró-Tebet assinado há pouco mais de dois meses. Nesta semana, o advogado Miguel Reale Jr. declarou apoio a Lula.
A pesquisa Datafolha desta quinta (22) aponta Tebet com 5%, empatada com Ciro Gomes, que oscilou de 8% para 7%. Lula tem 47% dos votos e Bolsonaro, 33%.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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