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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Classes baixa e média são mais beneficiadas por isenção total de impostos, defendem supermercados

Setor quer manter benefício fiscal na Reforma Tributária; TCU critica modelo e governo defende foco na desoneração

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São Paulo

Na disputa por tratamento diferenciado na Reforma Tributária, mais um grupo se prepara para a briga de argumentos contra ou favor. Os supermercados fecharam um novo estudo para defender a isenção total de impostos para a cesta básica nos moldes do que foi aprovado na Câmara dos Deputados.

A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) se opõe à ideia de implantação do "cashback", que prevê a devolução do imposto cobrado sobre alimentos básicos a consumidores de baixa renda.

Movimento em supermercado da zona leste de São Paulo - Cristiane Gercina - 02.nov.2022/Folhapress

A entidade defende que 89% da renda gerada pela isenção de impostos da cesta básica ficam com cidadãos das classes média ou baixa. Se os alimentos perderem integralmente o benefício fiscal, a Abras projeta que o aumento da carga tributária possa chegar a 300% em alguns estados.

Com o estudo, a associação dos supermercados quer firmar posição contra os que defendem uma delimitação para a isenção e também contrapor o TCU (Tribunal de Contas da União).

Em análise enviada ao Senado, a Corte de Contas defendeu que "a redução de alíquota e isenções de tributos sobre consumo não são soluções efetivas como políticas públicas" e disse que o modelo de cashback é uma solução "mais efetiva para focalizar um alívio para a população em situação de pobreza."

João Galassi, presidente da Abras, diz que a isenção da cesta básica promove distribuição eficiente dos ganhos com o benefício fiscal e que o cashback não é eficiente para compensar o aumento de preços nas gôndolas

A proposta original da Reforma Tributária previa redução parcial de impostos para uma lista de alimentos considerados básicos. Na reta final de discussão na Câmara, porém, isenção foi estendida.

O desenho atual da desoneração da cesta básica está em vigor desde 2013. Neste ano, o benefício fiscal custará R$ 34,7 bilhões à União e proporciona redução média de 5% nos preços dos produtos.

Com Diego Felix

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