O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pediu a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) mais rigor na fiscalização dos serviços públicos de distribuição. Nos últimos dias, a agência ampliou o cerco a distribuidoras com problemas na operação.

Segundo a pasta, nesta semana foram aplicadas duas multas à Enel São Paulo que totalizaram R$ 260 milhões. Uma, de R$ 95 milhões, é referente à fiscalização de descumprimento de indicadores de qualidade.

A segunda, de R$ 165 milhões, é relacionada a uma queda de energia no início de novembro, quando clientes do estado de São Paulo ficaram horas —dias, em alguns casos— sem energia elétrica.

Nas investigações realizadas pela Aneel, foi apontado que a distribuidora demorou a mobilizar equipes para realizar atendimentos aos clientes que sofreram com temporais em 3 de novembro, uma sexta-feira.

A maior parte dos atendimentos teriam ocorrido apenas no dia 6, após o final de semana.

"Temos atuado para que Aneel garanta maior rigor na fiscalização dos serviços de distribuição e a qualidade do atendimento que é oferecido às brasileiras e brasileiros", afirma o ministro Alexandre Silveira.

O ministério diz que, além dos problemas de atendimento, a Enel SP também teve o pior resultado na média Brasil para o tempo de reestabelecimento de serviços interrompidos e registrou aumento no número de consumidores prejudicados com interrupções acima de 24h.

Entre 2022 e outubro de 2023, o tempo médio de preparação de equipes para atendimento de chamadas foi 95% superior à média das demais concessionárias no estado.

"Até outubro de 2023, o número de unidades consumidoras nesta situação [de interrupções que ultrapassam um dia] foi o maior registrado nos últimos quatro anos", afirma o relatório.

Com Diego Felix