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É ótimo que a defesa aberta da economia privada tenha tomado a agenda

Movimento mostra-se positivo sobretudo após desastroso intervencionismo do governo Dilma

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No governo federal, uma lista de 135 empresas  —todas as estatais menos Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, sendo que da última entram na dança as áreas de loterias, seguros, cartões e gestão de recursos. Mais três novas ferrovias, a rodovia Rio-Santos, as BRs 101 e 470 em Santa Catarina

Em São Paulo, as linhas de trem da CPTM, a hidrovia Tietê-Paraná, o porto de São Sebastião, a Sabesp, a área do Campo de Marte, 23 aeroportos regionais, o sistema de balsas marítimas, as novas penitenciárias, o ferroanel metropolitano da capital, duas linhas de trem intercidades. Em Minas, a Cemig. No Rio Grande do Sul, Sulgás, Companhia Riograndense de Mineração e Companhia Estadual de Energia Elétrica. 

A transferência de tudo isso para mãos privadas foi anunciada pelos novos governos em algum momento deste quase interminável janeiro.

É ótimo que a defesa aberta da força privada na economia tenha tomado a agenda. Especialmente depois de uma década marcada pelo desastroso intervencionismo do governo Dilma, que acreditava ser possível estipular o preço da energia com discurso de 7 de Setembro.

Tampouco é com discurso de posse que as coisas andam. Na cidade de São Paulo, a gestão Doria/Covas muito prometeu e nada privatizou. É preciso gastar saliva e neurônio para aproveitar a onda, a maior desde os anos 90, quando foram vendidas Telebras, Embraer, Usiminas, CSN e Vale e concedidas rodovias de SP.
O leilão da Vale, por sinal, voltou à baila com o acidente em Brumadinho, e é difícil achar argumento mais torpe do que o “privatização mata”.

Quem repete isso finge, por exemplo, que a Petrobras não era uma empresa pública quando a plataforma P-36 explodiu e deixou 11 mortos. Que os viadutos caindo aos pedaços não são responsabilidade de gestores eleitos. Que o edifício que desmoronou em SP não era federal. As coisas seriam mais fáceis se ou o Estado ou o empresariado detivesse o monopólio da barbeiragem.

Primeira página da edição da Folha de 30 de julho de 1998 - Reprodução

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