Siga a folha

Jornalista e escritor, autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues, é membro da Academia Brasileira de Letras.

Entre os maiores sambistas

Wilson Baptista morreu esquecido em 1968. Nota zero para nós, que agora temos a chance de redescobri-lo

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Os historiadores da música brasileira nem discutem. Para eles, os maiores sambistas da primeira metade do século 20 foram, em qualquer ordem, Sinhô, Ary Barroso, Noel Rosa, Ismael Silva, Assis Valente, Herivelto Martins, Geraldo Pereira, Ataulpho Alves, Dorival Caymmi, Nelson Cavaquinho e Cartola. E, num honroso 2º time, Wilson Baptista. Todos eles, craques em letra e música, com um mundo revelador e muitos, muitos sambas definitivos na carreira. Não entram nessa conta os autores, mesmo grandes, de apenas dois ou três sucessos.

Por todos esses critérios, a justiça clama pela inclusão do campista (de Campos dos Goytacazes), carioca da Lapa e gigante Wilson Baptista (1913-68) entre os cinco primeiros ---sejam quais forem os outros quatro. Wilson produziu uma montanha de sambas que ficaram, e que nem sempre associamos ao seu nome. Uma lista resumida desses títulos, com ou sem parceiros, incluiria:

"Meu Mundo É Hoje (Eu Sou Assim)", "Oh, Seu Oscar!", "Emília", "Volta Pra Casa, Emília", "O Pedreiro Waldemar", "Louco (Ela é Seu Mundo)", "Acertei no Milhar", "O Bonde de São Januário", "A Mulher Que Eu Gosto", "Nega Luzia", "Não é Economia (Alô, Padeiro)", "Mulato Calado", "Mãe Solteira", "Chico Brito", "Lenço no Pescoço", "Mocinho da Vila", "Conversa Fiada", "Mundo de Zinco", "Esta Noite Eu Tive um Sonho", "Preconceito" e muitos mais, fora as valsas e as marchas-rancho e as de Carnaval, uma delas, "Balzaquiana".

Não acredite em mim. Vá à nuvem, estão todos lá. Baixe qualquer um e com qualquer cantor. Mas, se quiser minha opinião, vá direto aos dois CDs duplos sobre Wilson produzidos por Rodrigo Alzuguir, "O Samba Carioca de Wilson Baptista", de 2011, e o recém-lançado "Wilson Baptista - Eu Sou Assim", cantados por ele e pelos grandes nomes de hoje.

Wilson morreu esquecido. Nota zero para nós, que agora, graças a Alzuguir, temos a chance de redescobri-lo.

Biografia, LP histórico e CDs sobre Wilson Baptista e seu instrumento, a caixa de fósforos - Heloisa Seixas

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas