Formado em jornalismo, começou a escrever na Folha em 2001. Passou por diversas editorias no jornal e atualmente assina o blog Copo Cheio, sobre o cenário cervejeiro, e uma coluna em Esporte
Supercopa, o jogo da crise, para alguém
Se o Flamengo perde, minicrise; se o Palmeiras perde, crise certa
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Este escriba fez de novo. Aliás, faz sempre, mas neste período de campeonatos estaduais dói mais.
No domingo, hora do almoço mais ou menos, dei início ao domingo futeboleiro com a partida entre Arsenal (uhu) e Manchester United, pela Premier League.
Que jogo. O Arsenal poderia até esperar o rival, mesmo em casa. Afinal, é o líder, e é um clássico. Mas o Arsenal, quem diria, dominou o Manchester, em quarto no campeonato, desde o início. Porém tomou o primeiro gol (golaço), de Rashford —craque inglês que não custou nada, quase nada, veio da base. O time de Londres continuou em cima e empatou com Nketiah —craque inglês que não custou nada, quase nada, veio da base—, moço que virou titular com a contusão de Gabriel Jesus.
No segundo tempo, o Arsenal virou com um golaço de Saka —craque inglês que não custou nada, quase nada, veio da base. E quando o jogo parecia se encaminhar para uma vitória dos Gunners, o Manchester buscou o empate com um gol do raçudo zagueiro Martinez —argentino, campeão mundial ali no Qatar. Mas tinha o plot twist final: aos 44 do segundo tempo, Nketiah, de novo, marcou o gol que decidiu o confronto e quase fez este escriba derrubar metade da cerveja do copo.
Menos de duas horas depois, ainda com um sorriso no rosto, foi hora de assistir a Palmeiras x São Paulo, primeiro clássico do Paulistinha. Fim, não tenho mais nada a dizer sobre o jogo. Ou dizer apenas que foram quase duas horas que deveriam ser repostas na vida de todos os que testemunharam a peleja. Que joguinho horroroso.
Sendo assim, fazendo coro ao querido vizinho (de coluna) Juca Kfouri, acho possível que neste sábado (28) tenhamos o primeiro grande jogo do futebol brasileiro. Palmeiras e Flamengo, duelo que vale a taça da Supercopa. Nem precisa ser um grande jogo. Este escriba se contentaria com algo tamanho médio, com uns quatro bons lances de cada lado e a palavra gol no plural. Já estaria bom. A ver.
O problema é que (como disse JK, novamente) a Supercopa no Brasil tem caráter de vida ou morte, o que tira parte da diversão.
E se o Flamengo perder? Minicrise. Dirão que o mister Vítor Pereira é freguês do Abel. Que sua sogra deveria ser a nova técnica e outras indecências.
E se o Palmeiras perder? Crise certa. Torcida já está descontente com o pouco futebol apresentado nesta pré-temporada, que chamamos de Paulistinha. Impacientes, picharam muros cobrando a presidente Leila, mesmo depois dos troféus do ano passado —aliás, os muros apareceram pichados depois que dona Leila cortou a verba para a escola de samba da principal organizada. Coincidência?
Na Inglaterra, a última Supercopa foi entre Manchester City, de Guardiola, e Liverpool, de Klopp. O Liverpool (que está mal no campeonato) venceu por 3 a 1. E quem jogou mal naquela partida? Haaland, o aclamado atacante norueguês foi um desastre. Não teve crise, ninguém pediu a cabeça nórdica do rapaz.
E Haaland agora é o artilheiro do campeonato, já com mais gols do que o artilheiro do ano passado (faltando 18 rodadas). Ainda bem que a Supercopa por lá não vale nada, quase nada.
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