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Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.

Klop e Guardiola são os únicos treinadores diferentes dos demais

Alemão é um maluco beleza, e espanhol um maluco mais racional, pragmático

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No meio de semana, pela Liga dos Campeões da Europa, sem VAR, um atraso, Cristiano Ronaldo foi expulso injustamente. Pela Libertadores, por causa do uso excessivo e equivocado do VAR, Dedé foi expulso. Um erro grotesco, absurdo. O problema não é o VAR. É a incompetência humana.

Grêmio e Palmeiras estão praticamente classificados para a próxima fase. O Cruzeiro ficou em situação difícil, ainda com razoáveis chances. O Palmeiras atuou bem contra o Colo-Colo. Quando perdia a bola, marcava com nove jogadores em seu campo e contra-atacava com habilidade e velocidade. Willian, do Palmeiras, com todos os treinadores, é muito melhor do que era no Cruzeiro. Falta ao Palmeiras, com Felipão, uma vitória, na Copa do Brasil ou na Libertadores, contra um adversário do mesmo nível (Cruzeiro, Grêmio, Flamengo, Boca ou River).

Estava ansioso para ver a Juventus, com Cristiano Ronaldo, e o PSG, com Neymar, após a Copa, já que os campeonatos Italiano e Francês não são transmitidos por TVs brasileiras. Passa o Chinês.

Cristiano Ronaldo, nos 30 minutos em que atuou contra o Valência, jogou mais aberto, entrando em diagonal para finalizar, além de voltar para marcar. Jogou assim no Manchester United e, durante um tempo, no Real Madrid. Quando passou a atuar mais centralizado, formando dupla com Benzema, se tornou um artilheiro ainda mais fenomenal. Na Juventus, mais aberto, distante do centroavante Mandzukic, terá mais dificuldade para fazer gols.

O PSG, na derrota para o Liverpool, mostrou um futebol pior que o do ano passado. Marquinhos atuou de volante-zagueiro. Não foi uma coisa nem outra. Di Maria não é um organizador, meio-campista. Atua melhor pelo lado, para driblar, cruzar e finalizar. Neymar jogou como na seleção, da esquerda para o centro, e não como um meia centralizado, como diziam que tinha passado a jogar no PSG.

Neymar teve atuação apagada. Além de erros técnicos, quando dominava a bola, era desarmado por uns três jogadores do Liverpool, que chegavam juntos. Parecia o Carrossel Holandês da Copa de 1974. Contra o Liverpool e contra El Salvador, vi Neymar menos competitivo, menos inquieto, sem tentar fazer as jogadas decisivas. Parecia um jogador comum.

Receio, repito, que Neymar cometa um grande equívoco, ao acreditar que suas quedas exageradas sejam consequência de marcação de faltas violentas, e não do seu comportamento teatral. Isso começou na adolescência, uma maneira divertida de enganar os outros, que não foi corrigida. Tornou-se um hábito crônico, uma repetição instintiva, ridícula, sem controle.

Neymar precisa abandonar essa postura, sem deixar de ser individualista, agressivo e criativo, que fizeram dele o craque que é. Neymar, drible, drible, no momento certo, sem cai cai.

Como foi prazeroso ver, mais uma vez, o Liverpool jogar. Klopp e Guardiola são treinadores diferentes de todos os outros. Estes não são iguais, mas parecidos. Klopp e Guardiola também não são idênticos. O Liverpool pressiona mais quem está com a bola, tem mais intensidade e chega mais rapidamente ao gol. O Manchester City, que, surpreendentemente, foi derrotado, em casa, pelo Lyon, é mais técnico, troca mais passes e envolve mais o adversário.

Klopp é um maluco beleza, emocional, e Guardiola, um maluco mais racional, pragmático. Os dois são detalhistas e perfeccionistas.

O técnico Juergen Klopp na partida do Liverpool contra o Southampton pelo Campeonato Inglês - Lee Smith - 22.set.2018/Reuters

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