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Coluna assinada por Walter Porto, editor de Livros.

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Rainer Maria Rilke e Autran Dourado voltam repaginados em novos projetos

'Cartas a um Jovem Poeta' e 'Ópera dos Mortos' ganham edições com atrativos particulares

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Dois textos clássicos de autores canônicos saem repaginados em volumes mais encorpados que meras reedições.

O primeiro caso é "Cartas a um Jovem Poeta", talvez a principal obra do alemão Rainer Maria Rilke, em que ele se dirige já como escritor consagrado ao aspirante Franz Xaver Kappus com conselhos que se tornaram referência na literatura pelo século seguinte.

A Planeta publica agora um volume que inclui, pela primeira vez no Brasil, as cartas que Kappus enviou a Rilke, completando uma correspondência coesa que vai de 1903 a 1908 em nova tradução do alemão. O livro tem ainda textos de apoio de Sigmund Freud, amigo de Rilke, do professor de literatura alemã Erich Unglaub e do próprio Kappus.

O escritor Autran Dourado, no Rio de Janeiro em 2005 - Ana Carolina Fernandes/Folhapress

Já o mineiro Autran Dourado, vencedor do Camões morto há dez anos, terá seu "Ópera dos Mortos" incluído em grande estilo no catálogo da HarperCollins, que já havia editado "Os Sinos da Agonia".

Em outubro, a editora publica uma nova edição do romance, que fez parte da seleção de obras literárias representativas da Unesco, pela primeira vez neste século, com prefácio de Itamar Vieira Junior. Chegará então a uma nova geração a história épica de Rosalina, enclausurada pelo pai numa cidadezinha do interior mineiro até a chegada repentina de Juca Passarinho.

A fotografia 'Doce Céu de Santo Antonio', feita por Marepe em 2001, faz parte do ensaio visual do artista integrado à nova edição de 'A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água', de Jorge Amado, que sai pela Companhia das Letras - Marepe/Divulgação

FOGO NO PARQUINHO A Todavia comprou os direitos do romance "The Trees", do americano Percival Everett. Contada em chave cômica, a história de detetive acompanha o mistério de pessoas brancas que são linchadas e assassinadas brutalmente no Mississippi, onde teve lugar o emblemático caso de violência racial contra o garoto Emmett Till. "Fico feliz em dizer que irritei muita gente ao estereotipar meus personagens brancos", se divertiu o autor em entrevista recente ao Guardian.

DEVIDO DESTAQUE A editora Janela Amarela surgiu durante a pandemia com a proposta de resgatar livros de escritoras silenciadas pela história, com atenção especial à carioca Júlia Lopes de Almeida, também alvo de atenção em diversas casas e pesquisas acadêmicas. Criada pela jornalista Ana Maria Leite Barbosa e a editora formada em marketing Carolina Engel —mãe e filha—, a Janela publica agora os romances "A Silveirinha", de Almeida, e "A Divorciada", da cearense Francisca Clotilde.

FALANDO EM RESGATE O romance "Passing", clássico de Nella Larsen que tem na pauta o colorismo e virou filme há pouco, ganhou sua primeira tradução por Rogerio W. Galindo há apenas dois anos, nove décadas após sua publicação original. O título era "Identidade". E em setembro a Penguin-Companhia já põe na praça a segunda tradução do livro, feita por Floresta, escolhendo um título curiosamente diferente —"De Passagem".

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