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Pós-Bahia, Bolsonaro corre para mostrar empatia com Petrópolis em mídia social

No TikTok, presidente posta vídeo olhando a devastação, do helicóptero aberto, com música ao fundo

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São Paulo

Quase dois meses atrás, quando das chuvas na Bahia, também com dezenas de mortos, o presidente se manteve em férias em Santa Catarina e viu se espalhar a hashtag BolsonaroVagabundo. Publicou vídeo de helicóptero com mantimentos em mídia social, listou ações de ministros, mas a marca ficou.

Desta vez, diante da tragédia em Petrópolis, voltou da Hungria para o Aeroporto do Galeão e de lá para a cidade, de helicóptero, para vídeos que espalhou por mídia social, inclusive Telegram e TikTok –este com música ao fundo e o presidente olhando para a devastação, do alto, cabelo ao vento.

Ainda assim, demorou. Do dia 15 até as 10h desta sexta (18), ele e sua equipe pouco postaram sobre Petrópolis, nas contas em quatro plataformas de mídia social, Facebook, Instagram, YouTube e Twitter, segundo o serviço de monitoramento Torabit.

O presidente Jair Bolsonaro, durante coletiva de imprensa após sobrevoar áreas destruídas pela chuva em Petrópolis - Eduardo Anizelli/Folhapress

Por mais de três dias, de 38 publicações, apenas 7 foram sobre a cidade. Com isso, só 1% das menções a Bolsonaro no período foi sobre a tragédia, e 60% delas, negativas. Candidato que tem o Rio como sua base, diferente da Bahia onde tem pouco voto, ele não tinha alternativa fora voar para Petrópolis.

Seus três filhos com cargo político, sobre a tragédia, compartilharam posts do pai e do governo, no mais das vezes. A estratégia, ao que parece, continua sendo manter os seguidores na bolha de cobertura favorável ao presidente e distante dos veículos de notícias.

No episódio, evidenciou-se que dois deles, o deputado federal Eduardo e o vereador Carlos, estão na linha de frente na resposta ao jornalismo crítico, por vezes com imagens cruas da tragédia.

O primeiro, por exemplo, compartilhou no Twitter uma publicação questionando com "nojo" um jornalista e advogado cearense que teria responsabilizado a própria cidade de Petrópolis, porque "destrói o meio ambiente" e "votou no Bolsonaro".

O segundo, no Telegram, endossou e ampliou um ataque ao jornalista Gerson Camarotti, da GloboNews, por ter responsabilizado Bolsonaro pela tragédia, em parte, por "esse negacionismo climático que é a tônica no Palácio do Planalto".

"Adivinha em quem a Globo com muito método e muita sede colocou a culpa?", escreveu Carlos.

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