Mortes: Arquiteto, especializou-se em restauração de patrimônio
Bernardo José Castello Branco foi um dos responsáveis pela revitalização do Martinelli
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Arquiteto, poeta, músico, pintor, professor, museólogo, restaurador, designer de móveis e ambientalista. Bernardo José Castello Branco era multidisciplinar. Como arquiteto, especializou-se em restauração de patrimônio histórico e esteve à frente da revitalização do Edifício Martinelli, no centro de São Paulo.
Nascido em Fortaleza, no Ceará, em 28 de maio de 1929, Bernardo José era neto do capitão Bernardo José de Mello, autor do projeto arquitetônico do Theatro José de Alencar, em Fortaleza, e filho do economista e contador Oscar Castello Branco e de Dunstana Rabello Castello Branco.
Aos 6 anos de idade, mudou-se para São Paulo, com os pais e irmãos. "A nossa família é uma das ramificações da família Castello Branco que veio do Ceará. É uma família de Portugal que há muitas gerações atrás veio para o Nordeste", afirma Helena Vitória Diniz Castello Branco, filha de Bernardo.
Segundo ela, o pai herdou o dom para a arquitetura do bisavô e, ao longo da carreira, desenvolveu alguns projetos, como uma casa, que era da família, na rua João Moura, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
Ele também foi professor universitário e deu aulas na FAU/USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP) e na Faculdade Anhembi Morumbi.
Na juventude, chegou a abrir um escritório de arquitetura, mas depois surgiu a oportunidade de trabalhar em um cargo público.
Começou na Secretaria da Agricultura de São Paulo e depois foi transferido para a Secretaria da Cultura. Na função, foi responsável pelo tombamento de imóveis e restauração de patrimônios, área em que se realizou profissionalmente.
"Ele era multidisciplinar, gostava de várias áreas do conhecimento, mas eu acredito que o grande destaque era o patrimônio artístico, histórico e cultural, foi quando ele realmente se encontrou como profissional", diz o filho Bernardo José.
Entre as muitas lembranças do pai, os filhos recordam-se de uma história que ele sempre contava da época de criança. Por volta de 1934, no Ceará, ele foi ver com a família a chegada do zepelim –um balão dirigível que vinha da Europa–, o que era considerado um evento na cidade. "Meu avô comprou uma roupinha de marinheiro e uma bengala e ele foi todo elegante ver o zepelim", recorda a filha.
Bernardo José Castello Branco morreu no último dia 31 de março, aos 92 anos, de causas naturais. Ele deixa a ex-esposa, três filhos, Bernardo José, Helena Vitória e Antonio Eduardo, e dois netos.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters