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Descrição de chapéu Obituário Humberto Cherem Mendes de Souza (1952 - 2023)

Mortes: Fez história na odontologia da UFSC e na praia da Armação

Cirurgião-dentista, Humberto Cherem inspirou alunos e deixou um legado de ética, bondade e amizade

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Curitiba

O amor pelo mar, pela culinária e pela odontologia contam um pouco de quem foi Humberto Cherem Mendes de Souza. Filho de catarinenses e descendeste sírio-libanês, o dentista nasceu em Florianópolis em 1952, herdando uma forte tradição tropeira e campeira.

Ele era apaixonado pela caça submarina e pela praia da Armação, onde a família possui uma casa, que abrigava universitários para encontros inesquecíveis. "Ele fazia um churrasco maravilhoso e foi um dos primeiros a surfar na praia do Matadeiro", lembra o filho, Vitor Hugo Mendes. "Essas eram as maiores paixões dele nos momentos de lazer."

Os alunos eram da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), onde Cherem trabalhou por 33 anos. "Formou milhares de dentistas que o admiravam; tinha muito apreço pelos alunos, que o homenageavam", diz Vitor.

Humberto Cherem Mendes de Souza (1952 - 2023) - Arquivo Pessoal

Especialista em traumatologista bucomaxilofacial, foi cirurgião em vários hospitais e atendia em seu consultório.

"Teve uma vida muito atarefada pela profissão, mas se dedicou muito à família, nos passando sempre bons ensinamentos e conselhos, além de liberdade", destaca o filho.

"Foi uma pessoa sem preconceitos e muito simples. Simples na forma de se vestir, simples nos valores da vida. Nos passou, principalmente pra mim, a paixão pelo mar e pela gastronomia, que carrego até hoje. Deixou um legado honrado e íntegro", ressalta Vitor Hugo.

Na UFSC, seu trabalho teve início em 1989. Em nota de pesar, colegas do Departamento de Odontologia falam da sorte em conviver com Cherem.

"Foram anos ao teu lado aprendendo sobre amizade, ética, companheirismo, a ser humano e a praticar a bondade", dizem. "Teremos você sempre em nossa mente, em nossos corações e a cada minuto vivido na Odontologia UFSC. Você contribuiu brilhantemente com esse curso."

O amigo José Nazareno Gil, que trabalhou com Cherem por mais de 30 anos, endossa. "Profissional exemplar, dedicado, fiel, bondoso e caridoso, de um conhecimento e coração enormes. Foi uma grande perda para a nossa especialidade, para a ciência e para a universidade."

Gil fala que Cherem sempre foi muito ético e um ótimo amigo e professor.

Ele trabalhou até um mês antes de morrer, como recorda o amigo Henrique Ferrari, que foi seu colega na UFSC. "Ele terminou o doutorado em 2022, tinha uma força incrível. Vibrava com as coisas e nunca lastimou a vida ou a doença."

Beto Cherem, como era conhecido, faleceu no dia 16 de março, em decorrência de um câncer. Deixa esposa, dois filhos e uma legião de alunos e mestres aos quais inspirou.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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