Siga a folha

Descrição de chapéu Coronavírus

Saúde apura se brasileiro que desembarcou em SP com Covid tem a variante ômicron

Sequenciamento será feito pelo Instituto Adolfo Lutz; resultado deve demorar 72 horas

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou na tarde deste domingo (28) que um brasileiro que passou pela África do Sul testou positivo para a Covid-19 após desembarcar no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. O país é onde foi identificada pelo primeira vez a nova variante da Covid-19, ômicron.

No entanto, ainda não é possível afirmar que se trata de uma contaminação​ pela nova variante.

O caso do passageiro foi encaminhado para sequenciamento no Instituto Adolfo Lutz. Segundo o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, o resultado sairá em 72 horas.

Imagem em microscópio do Sars-CoV-2 - National Institute of Allergy and Infectious Diseases/AFP

À Folha, o secretário disse ainda tratar-se de um homem com esquema vacinal completo. Ele estaria assintomático, segundo relatos.

"Temos que entender que a cepa não é obrigatoriamente o ômicron. De toda forma, medidas foram tomadas tanto no ponto de vista operacional, com solitcação à empresa [aérea] das pessoas [no voo], e ao mesmo tempo uma ação da vigilância no município de Guarulhos", disse Gorinchteyn.

Além de o passageiro estar em isolamento, quem esteve em contato com ele também está em quarentena, de acordo com o secretário.

Gorinchteyn disse ainda que o fato de a população brasileira estar mais vacinada gera "melhor performance de proteção" contra novas cepas, enquanto na África, apenas 3% da população estaria imunizada.

O Ministério da Saúde recebeu a lista dos passageiros do voo da África do Sul e está fazendo contato com todos, começando pelos que se sentaram próximos ao brasileiro com Covid-19.

O ômicron foi identificado, pela primeira vez, na semana passada na África do Sul. A OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou-a como "variante de preocupação", por ter um potencial risco de alta transmissibilidade.

Casos foram confirmados na Europa nos últimos dias, levando a novas restrições e medidas de isolamento. O temor de uma nova onda de infecção gerou impacto negativo em bolsas de valores, inclusive no Brasil.

​O passageiro desembarcou no Brasil com teste negativo, assintomático. No entanto, após sua chegada, a Anvisa foi informada na noite de sábado (27) sobre o resultado positivo de novo teste de RT-PCR, realizado pelo laboratório localizado no aeroporto de Guarulhos

Para viajar para o Brasil, viajantes precisam apresentar exame negativo para a Covid-19 realizado com, no máximo, 72 horas de antecedência.

Por conta da nova variante, o governo federal adotou recomendação da Anvisa de proibir a entrada no Brasil de passageiros que tenham passado, nos últimos 14 dias, por seis países do continente africano, dentre eles a África do Sul. A medida, publicada no Diário Oficial da União na noite de sábado, passa a valer a partir de segunda-feira (29).

Diante do resultado positivo do passageiro brasileiro, a agência notificou o CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) nacional, estadual e municipal neste domingo (28). A Vigilância epidemiológica do município de Guarulhos também foi acionada para acompanhamento do caso.

Neste sábado (28), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que os cuidados que a população deve tomar em relação a variante ômicron, que surgiu na África do Sul, são os mesmos de outras cepas da Covid que já circulam pelo mundo.

"Gostaria de tranquilizar todos os brasileiros porque cuidados com essa variante são os mesmos cuidados com as outras variantes. A principal arma que nós temos para enfrentar essa situação é a nossa campanha de imunização", destacou em uma live nas redes sociais.

O secretário de Vigilância da Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, ressaltou que além da imunização, as pessoas precisam continuar adotando as medidas não farmacológicas e até evitar viagens para lugares em que a nova cepa esteja circulando para evitar a contaminação.

Medeiros ressaltou que o país está preparado para enfrentar essa nova variante. A pasta não descarta a possibilidade da entrada da nova cepa no país.

"É extremamente importante que mantenhamos o foco na campanha de vacinação e mantenhamos as chamadas medidas não farmacológicas. Evitarmos aglomerações, higienização das mãos, álcool em gel, a etiqueta respiratória", destacou.

Até a manhã deste domingo (28), havia casos confirmados da nova variante em ao menos oito países europeus: Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda, Áustria, Dinamarca e República Tcheca.

Diante do avanço da ômicron, a Anvisa recomendou, na noite de sábado, que o governo federal ampliasse a lista de países em que passageiro que por lá tenham passado nos últimos 14 dias estão proibidos de entrar no Brasil.

A medida acrescenta Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia, ao lado de África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas