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A tenista japonesa Naomi Osaka, 23, que participa do WTA 1.000 de Cincinnati, interrompeu uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (16) após ser confrontada por um jornalista sobre sua relação com a imprensa.
O repórter Paul Daugherty, do jornal Cincinnati Enquirer, iniciou sua pergunta em tom agressivo afirmando que a atleta não era louca por lidar com os jornalistas, especialmente naquele formato (a entrevista coletiva foi feita por Zoom), e ainda afirmou que Osaka, apesar de não gostar de falar com repórteres, se beneficia da exposição na mídia.
"Quando você diz que eu não sou louca ao lidar com vocês, a que você se refere?", questionou a tenista, que pediu para que o jornalista repetisse a pergunta.
"Desde que eu era mais nova, houve muito interesse da mídia em mim, e acho que isso é por conta da minha história de vida. Eu não posso fazer nada se algumas coisas que eu tuíto ou coisas que eu digo criam uma série de matérias e coisas do tipo. Mas eu também diria que não sei muito bem como balancear os dois [a mídia e a exposição]. Acho que estou descobrindo ao mesmo tempo que você, eu diria", concluiu Osaka.
Depois de responder ao repórter, a atleta chorou e deixou a sala por alguns minutos para se recompor. Na sequência, retornou à entrevista coletiva e respondeu mais algumas questões.
O agente de Naomi Osaka, Stuart Duguid, criticou a postura do jornalista.
"O bullying do Cincinnati Enquierer é resumo do porquê a relação entre atleta e mídia está tão tensa no momento. Todos naquela sala do Zoom vão concordar que o tom utilizado por ele foi tão errado e seu único propósito foi intimidar", afirmou.
Em maio deste ano, Osaka havia abandonado a disputa de Roland Garros depois de afirmar que não concederia entrevistas durante o torneio por conta do impacto que a relação constante com a imprensa tem em sua saúde mental. Ela afirma sofrer crises de depressão desde 2018.
A tenista chegou a ser multada em 15 mil dólares pela organização do Grand Slam francês, antes de anunciar sua desistência da competição.
Filha de mãe japonesa e pai haitiano, Naomi Osaka, que foi a responsável por acender a pira olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio, afirmou que doará sua premiação do WTA de Cincinnati às vítimas do terremoto no Haiti.
Com Reuters
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