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Descrição de chapéu Olimpíadas 2024 DeltaFolha

Como seria uma prova de 100 m no atletismo masculino com todos os recordistas?

2seg17 separam o 1º recorde olímpico do último, conquistado por Bolt e intacto desde 2012

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São Paulo

"Quero ser uma lenda." A frase era uma espécie de mantra para o velocista jamaicano Usain Bolt, dono do recorde olímpico nos 100 m rasos do atletismo. Em Londres-2012, ele finalizou a prova em 9s63, se tornando, mais uma vez, o homem mais rápido do mundo em uma Olimpíada. A marca está intacta desde então.

Usain Bolt faz sua pose "Lightening Bolt" durante o evento de atletismo dos Jogos Olímpicos Rio 2016 - AFP

Mais uma vez porque o recorde superado em 2012 foi sobre outro recorde dele, conquistado no ciclo olímpico anterior, em Pequim. Em 2008, Bolt obteve a melhor marca da modalidade em uma Olimpíada ao finalizar os 100 m rasos em 9s69, quebrando a marca do canadense Donovan Bailey, de 1996.

Análise da Folha estimou como seria o cenário no atletismo caso o homem mais rápido do mundo em uma Olimpíada estivesse competindo com outros recordistas da mesma modalidade, que vieram antes dele. De 1896 até hoje, são 11 recordes, sendo dois da Jamaica (por Bolt), um do Canadá, um da Alemanha e sete dos Estados Unidos.

Se Bolt disputasse contra Bailey, no momento em que chegasse ao fim dos 100 m, o canadense estaria ainda nos 97,9 m da prova. Em 1996, Bailey finalizou a corrida em 9s84.

Caso Bolt disputasse com o americano Tom Burke, velocista a conquistar o primeiro ouro da modalidade na história, a diferença entre os dois seria ainda maior, chegando a quase 20 m, segundo a análise.

Quando o jamaicano cruzasse a linha de chegada no recorde, Burke estaria nos 81,6 m da prova. Em 1896, o americano finalizou o percurso em 11s80.

Para calcular a distância entre os recordistas olímpicos, a Folha considerou que os atletas fizeram uma velocidade média constante durante a prova. Quanto ao tempo, a reportagem selecionou a melhor marca de cada atleta em cada uma das Olimpíadas, podendo ter sido conquistadas em provas eliminatórias, semifinais ou finais. Atletas desclassificados por doping foram eliminados da lista.

O legado de Bolt é incontestável: único a vencer três vezes seguidas as provas de 100 m e 200 m rasos, é também bicampeão consecutivo no revezamento 4 x 100 m.

Em Paris, um nome possível para (chegar perto) da marca do jamaicano é o americano Noah Lyles. Primeiro do ranking mundial de atletismo, ele tem a melhor marca da temporada, de 9s81, e é o favorito para o ouro nos 100 m rasos. Mesmo assim, o recorde de Bolt está 18 centésimos de segundo na frente.

Essa é a segunda participação olímpica de Lyles. Em Tóquio-2020, ele despontava no favoritismo para o ouro nos 200 m, mas uma dor no joelho fez com que retornasse para casa com o bronze.

Pelo Brasil, três velocistas disputaram os 100 m rasos em Paris: Felipe Bardi, Erik Cardoso e Paulo André Camilo. Eles não conseguiram avançar para a próxima fase após as baterias disputadas no sábado (3).

Bardi ficou em quarto lugar, Cardoso em sexto e Paulo André em último.

Quase metade das medalhas é dos EUA

Desde o início da história olímpica, em Atenas-1896, os Estados Unidos conseguiram quase a metade de todas as medalhas de 100 m masculino. Isso representa 45,4% delas e uma presença em 22 dos 26 pódios.

O país só não apareceu nas três melhores posições em quatro situações, sendo uma delas por ausência, quando boicotou a União Soviética durante a Guerra Fria nos Jogos de Moscou-1980.

Nas últimas quatro edições, portanto, o máximo alcançado pelos Estados Unidos foi a prata. Mérito de Usain Bolt, que acumulou ouros em três ciclos seguidos.

Sem o jamaicano na disputa, as chances mais prováveis são de Lyles, que traria o primeiro lugar de volta aos Estados Unidos, ou do italiano Marcell Jacobs, vencedor no Japão e capaz de manter a medalha, mais uma vez, longe dos americanos.

Final feminina

A disputa dos 100 m rasos feminino no sábado (3) deu uma medalha de ouro inédita a Santa Lúcia, conquistada pela atleta Julien Alfred, que superou a favorita americana Sha'Carri Richardson, velocista mais rápida da atual temporada.

Julien fez a prova em 10s72, enquanto Richardson a finalizou em 10s87. A americana Melissa Jefferson ficou com o bronze ao concluir a prova aos 10s92.

Colaborou Daniel Mariani

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