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Oscar 2019

Sob medida para Lady Gaga, 'Nasce uma Estrela' tem trilha sonora como maior mérito

Canções do filme compõem o melhor disco que a cantora gravou desde 'Born This Way', de 2011

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Nasce Uma Estrela (A Star Is Born)

Avaliação: Bom
  • Quando: Estreia nesta quinta (11)
  • Classificação: 12 anos
  • Elenco: Bradley Cooper, Lady Gaga, Sam Elliott
  • Produção: EUA, 2018
  • Direção: Bradley Cooper

Em sua estreia na direção, o ator Bradley Cooper escolheu um projeto com pouca chance de dar errado. “Nasce uma Estrela” já teve três versões de sucesso no cinema, o que atesta o apelo do roteiro, e veio para ser o primeiro filme protagonizado por Lady Gaga, uma estrela musical de brilho incontestável.

Cooper dirigiu um longa redondinho, atraente, que serve perfeitamente como veículo para as pretensões de Gaga em Hollywood. Mas seu principal mérito está na trilha sonora. Não é exagero dizer que se trata do melhor disco que a cantora gravou desde “Born This Way”, de 2011.

Na verdade, a trilha sonora reflete a parceria musical de Cooper e Gaga. Ele também atua como protagonista, no papel do astro roqueiro Jackson Maine. Seu estilo tem um pé na música country. Em algumas canções, lembra muito Bruce Springsteen

Em fase um tanto decadente e afundado em álcool e drogas, Jack conhece a aspirante a cantora Ally. Ele gosta das letras dela. Por isso, além de se apaixonar pela garota, vai chamá-la para o palco e iniciar uma dupla de sucesso.

O relacionamento segue em modo conto de fadas até que um produtor se aproxima de Ally e a contrata como artista solo. Jack fica duplamente contrariado. Sente ciúmes da carreira dela e não aceita que ela tenha abandonado o estilo roqueiro para se transformar em uma cantora de dance pop.

A ascensão de Ally vai jogar Jack numa depressão regada a álcool, e o filme passa a se concentrar nas tentativas de sobrevivência da relação dos dois. 

Nas duas primeiras versões de “Nasce uma Estrela”, o enredo colocava o casal como atores, mantendo a fórmula de apresentar o homem como veterano decadente e a mulher como novata começando a se dar bem.

Em 1937, o filme tinha Janet Gaynor e Fredric March. Teve boa bilheteria, mas o roteiro suavizava demais a decadência do ator. Em 1954, o sucesso tremendo foi protagonizado por Judy Garland e James Mason, ótimos, num filme bem amargo.

Já na versão de 1976, a ação foi transferida para o mundo da música, com Kris Kristofferson e Barbra Streisand. E foi um dos filmes mais vistos daquele ano, fazendo o penteado da atriz um hit da temporada. 
Gaga não é (ainda) uma cantora tão poderosa quanto Streisand, mas tem uma voz estupenda e muito charme, numa interpretação naturalista que cativa a plateia. Os milhões que compram seus discos e baixam suas músicas não devem se decepcionar.

Mas surpresa mesmo é ver (e ouvir) Bradley Cooper. Depois de estourar nas bilheterias na trilogia “Se Beber, Não Case” e receber prêmios e indicações por alguns filmes espertos ao lado de Jennifer Lawrence, ele mostra talento incomum para uma performance roqueira.

Além de se emocionar com o romance na tela, que deve provocar lágrimas em muita gente, o espectador sai do cinema com vontade de ver um show de verdade de Jackson Maine.

Quem sabe Cooper não aparece na próxima turnê de Lady Gaga. Seria bom para ela também, que vai muito bem no rock e poderia parar um pouco com shows pop de muita dança e troca de figurinos.

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