Mulheres negras vão liberar as brancas da escova progressiva, diz Cida Bento
Em mesa na Casa Folha junto de Samuel Pessôa, foram debatidos temas como diversidade e educação
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"A gente fala alto, veste roupas coloridas, tem cabelos crespos. Nós negras vamos liberar as brancas da escova progressiva”. Assim Cida Bento ilustrou como movimentos na base da pirâmide sócio-econômica podem balançar toda a estrutura da desigualdade.
Diretora da ONG Centro de Estudos de Relações de Trabalho e Desigualdade, Bento participou, junto ao economista e colunista da Folha Samuel Pessoa, da mesa “Repercussões da escravidão na dinâmica econômica brasileira”.
Em 2015, Cida foi eleita pela revista inglesa 'The Economist' como uma das 50 pessoas mais influentes do mundo no campo de diversidade.
O encontro, mediado pelo jornalista Naief Haddad, foi realizado nesta sexta (12), na Casa Folha, durante a Flip (Feira Literária de Paraty).
Os debatedores se debruçaram menos no passado e mais nos caminhos possíveis para superar desigualdades e construir o que Bento chamou de 'novos pactos civilizatórios'.
Para Pessoa, cotas raciais e de gênero são políticas benéficas, mas não suficientes. “Acho difícil resolver desigualdades só com ações afirmativas. Se não tivermos um sistema de educação pública de qualidade, não há solução”, disse.
O problema não é de negros ou de mulheres, ou de trans, mas de negros e brancos e homens e mulheres e LGBTs e deficientes e todos, segundo Bento.
“Temos que problematizar. Acordar toda manhã e pensar neste tema”, disse Pessoa.
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