Teatro Oficina faz cortejo na Flip com trechos de Euclides da Cunha e João Gilberto
Grupo também relembrou morte de estudante pela polícia em 2018 na favela da Maré
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A “Mutação de Apoteose”, espetáculo de abertura da Flip, começou no Auditório da Matriz. Os atores do Teatro Oficina chegaram ao palco repercutindo as conclusões de Walnice Nogueira Galvão.
Enquanto um mestre de cerimônia acompanhado de bacantes recitava trechos da obra de Euclides, os telões mostravam dados de violência contra a mulher, ou assassinatos de negros e imagens de terra desolada: invasão de favelas, camisa de uniforme manchada de sangue, conflitos entre sem terra, indígenas e o Exército, a lama cobrindo Brumadinho (MG).
E então, em cortejo, o público foi levado ao Auditório da Praça, onde Zé Celso se juntou aos outros atores, um Antônio Conselheiro pagão ovacionado pelo público. O diretor acompanhou algumas danças e subiu ao palco, onde tocou piano e cantou uma das músicas da peça que dirigiu, pela primeira vez, em 2000.
O grupo que apresentou o espetáculo na Flip, dirigido por Camila Mota, reuniu alunos do ensino público, índígenas de aldeias guaranis e alunos da Escola da Cidade.
A cena do estouro da boiada, uma das mais fortes do espetáculo, ficou a cargo dos estudantes da cidade. Os mesmos atores homenagearam Marcos Vinícius da Silva, estudante morto pela polícia no ano passado, durante ação na favela da Maré, no Rio de Janeiro.
A apoteose foi na voz mansa de João Gilberto. Com todas as luzes apagadas, o público ouviu (e acompanhou) o músico baiano, morto no último dia 6, cantando o Hino Nacional.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters