Artista Nan Goldin é presa em protesto contra mortes por overdose em Nova York
Fotógrafa é líder de grupo ativista que combate crise dos opioides nos Estados Unidos
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A fotógrafa Nan Goldin e outros 12 integrantes do Pain, grupo de ativismo contra empresas farmacêuticas ligadas à produção de opioides, foi presa em uma manifestação em frente ao gabinete do governador de Nova York, Andrew Cuomo, nesta quarta (28), informou o site especializado Art News.
O grupo foi acusado de desordem em local público pela polícia após se recusar a sair. Cerca de 200 pessoas participaram da ação, entoando gritos de ordem como "Cuomo mente e pessoas morrem".
O objetivo da manifestação era pressionar o governador a criar centros de prevenção de overdose em todo o estado de Nova York, nos quais dependentes químicos possam fazer uso de drogas em espaços seguros, sob supervisão médica. Em 2017, cerca de 1.500 pessoas morreram de overdose naquele estado, 100 a mais do que em 2016.
No ano passado, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou planos de implantar os tais centros na cidade. A proposta precisa, no entanto, da aprovação do departamento estadual de saúde, encabeçado por Cuomo.
Os ativistas acusam o governador de não ter tomado nenhuma ação concreta em relação ao tema desde então.
Goldin ficou famosa por retratar o submundo nova-iorquino nos anos 1980. Nos últimos tempos, porém, tem liderado uma série de protestos contra a chamada filantropia tóxica, que denuncia a presença de acionistas de negócios obscuros na administração dos museus.
O maior alvo da artista é a família Sackler, cujo laboratório, Purdue Pharma, produz um analgésico com alto risco de vício, o OxyContin (oxicodona) —Goldin foi usuária dele. O medicamento é acusado de ser um dos maiores responsáveis pela atual crise dos opioides nos Estados Unidos.
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