Ministério Público Federal ajuíza ação contra Caixa Cultural por censura
Procuradoria de Pernambuco requer que peça 'Abrazo', cancelada em setembro, seja retomada
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O Ministério Público Federal em Pernambuco divulgou nesta sexta (4) que foi ajuizada ação civil pública contra a Caixa Econômica Federal por causa do cancelamento "abrupto" da peça infantojuvenil "Abrazo", do grupo Clowns de Shakespeare.
A ação requer que seja retomada a exibição do espetáculo em espaço da Caixa Cultural, no Recife, ou em outro teatro, às custas da estatal.
Em setembro, o MPF já havia expedido recomendação à Caixa neste sentido, mas a peça não voltou ao cartaz.
Ela foi cancelada pelo centro cultural mantido pelo banco após fazer sua primeira sessão, em temporada prevista em contrato. Segundo a Caixa, a suspensão foi motivada por uma infração contratual do grupo. Eles teriam prejudicado a imagem da estatal, segunda informou a assessoria de imprensa da empresa.
A peça fala sobre personagens que vivem em uma ditadura. Questionada pela Folha, a Caixa não informou qual foi o conteúdo que incomodou seus gerentes e programadores. Disse apenas que algo foi dito durante um bate-papo realizado após a estreia em setembro.
De acordo com o MPF, "configurou-se a prática de censura, vedada pela Constituição da República, que garante que a manifestação de pensamento, criação, expressão e informação não sofrerão nenhum tipo de restrição".
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters