Especial inicia comemoração do centenário de Clarice Lispector

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Tony Goes

São Paulo

Nascida na Ucrânia e radicada no Brasil, a escritora Clarice Lispector (1920-1977) completaria cem anos em 2020. Dando início às celebrações da data, a emissora pública preparou um especial apresentado por Adriana Couto, o Cultura Mundo. O programa inclui uma entrevista exclusiva com o biógrafo de Clarice, o professor e pesquisador americano Benjamin Moser, e também a última entrevista da autora, concedida pouco antes de sua morte ao repórter Julio Lerner.

O auge como escritora seria visto em romances --como sua estreia, "Perto do Coração Selvagem" (1944), ou o célebre "A Hora da Estrela". A foto acima foi usada no livro "Eu sou uma Pergunta - Uma Biografia de Clarice Lispector", de Teresa Monteiro. Divulgação/

"Perto do Coração Selvagem" foi publicado em 1943, quando Clarice tinha 23 anos de idade. Foi neste mesmo ano que ela se casou com o diplomata Maury Gurgel Valente e começou, no ano seguinte, a viver em diferentes lugares, como Belém, Lisboa, Roma, Florença e Paris, entre outros. Arquivo da Fundação Casa de Rui Barbosa/

A escritora morreu um dia antes de completar 57 anos, vitimada por um câncer. A Folha de 12 de dezembro de 1977 trazia o seguinte relato: "duzentas pessoas compareceram ao enterro da escritora no Cemitério Comunal Israelita, no Caju (Rio). Seu corpo, velado desde sexta-feira, foi colocado no túmulo 123, da fila G. Arquivo Lêdo Ivo/Acervo Instituto Moreira Salles/

Ela é Haia, ou Clarice Lispector, nome adquirido no Brasil. A autora nasceu em Tchechelnik, na Ucrânia, mas logo se mudou para o Nordeste e depois para o Rio de Janeiro, onde criou grande parte de sua produção literária e jornalística. Além de escrever romance, publicava uma coluna chamada "Só para Mulheres", sobre culinária e etiqueta. Divulgação/

De volta ao Brasil, separada do marido, Clarice autografava livros e já tinha o nome conhecido não apenas no país. Quando o primeiro livro da estudante de origem imigrante pobre foi lançado, um jornalista escreveu: "Não temos registro de uma estreia mais sensacional, que tenha elevado a tão grande destaque um nome que, até pouco antes, era completamente desconhecido". Acervo UH - jul.61/Folhapress/

O relato do jornal diz ainda que o caixão, fechado e coberto apenas por um manto negro com uma estrela de David, foi visitado pelos escritores Rubem Braga, Fernando Sabino, Nélida Piñon e José Rubem Fonseca, além do embaixador Vasco Leitão da Cunha. Acervo UH - jul.60/Folhapress/

Seu estranho nome estrangeiro se tornou tema de especulação. Um crítico imaginou que pudesse ser pseudônimo e outros imaginavam se ela não seria, na verdade, um homem. E o misticismo ao redor de Clarice se difundiu ainda mais após a sua morte . Reprodução de Cadernos de Literatura Brasileira/

O excesso de peso, cuidados com o cabelo e com a pele faziam parte da temática da coluna "Só para Mulheres", embora ela mesma não se saísse muito bem no trabalho doméstico. Nesta imagem, ela aparece em Berna, na Suíça. Divulgação/

Nos Estados Unidos e na Europa, novas traduções de seus livros vêm despertando a atenção de críticos e leitores. Na forma de "The Complete Stories" (ed. New Directions), a coletânea de contos da escritora figura na lista dos 100 melhores livros do ano do jornal americano "The New York Times". 1954/Divulgação/

Hoje, na internet, Clarice adquiriu um corpo paralelo póstumo, com frases, textos e imagens de atrizes atribuídas a ela. Circula nas redes sociais, sobretudo, toda uma obra fantasma, em geral "profunda" e respirando paixão, além de textos supostamente inéditos que não são da autora. Arquivo Pessoal de Paulo Gurgel Valente/

Mesmo popular, quando estava no Rio de Janeiro, na década de 1960, a autora conseguia um tempo para ir à praia com os filhos Pedro e Paulo, frutos de seu casamento com Maury Gurgel Valente. Reprodução/

Na fotografia tirada em Paris, na década de 1940, Clarice aparece ao lado de Apolônio de Carvalho (centro), Samuel Wainer (segundo à dir.), seu cunhado Daniel (primeiro à dir.). 1940/Reprodução/

Essa garotinha à direita é uma famosa escritora, reconhecida em diversos países e que, se não tivesse morrido em 1970. Na foto, ela está ao lado das irmãs Tania e Elisa. Arquivo Pessoal/

Cultura, 22h, livre

Elis

Este é o filme original de Hugo Prata, antes de ser transformado em minissérie de TV. Andréia Horta está fantástica na pele de Elis Regina (1945-1982), talvez a maior cantora que o Brasil já teve.

Cena do filme "Elis", de Hugo Prata. Divulgação/

Cena do filme "Elis", de Hugo Prata. Divulgação/

Cena do filme "Elis", de Hugo Prata. Divulgação/

Cena do filme "Elis", de Hugo Prata. Divulgação/

Cena do filme "Elis", de Hugo Prata. Divulgação/

Cena do filme "Elis", de Hugo Prata. Divulgação/

Mel Lisboa interpreta Rita Lee na minissérie. Divulgação/

Sérgio Guizé, como Tom Jobim, e Thelmo Fernandes, como Vinicius de Moraes, na missérie "Elis - Viver É Melhor do que Sonhar". Divulgação/

Andreia Horta gravou novas cenas como Elis Regina para a minissérie produzida pela Globo. Divulgação/

Globo, 0h33, 14 anos

Superespecial Star Wars

O canal exibe, na ordem cronológica dos acontecimentos, seis longas da franquia de ficção científica. Os títulos que ficaram de fora são “Uma Nova Esperança” (1977) e “Os Últimos Jedi” (2017).

Warner, a partir de 6h54, 10 anos

A Mula

No que ele diz ter sido seu último trabalho como ator, Clint Eastwood (também diretor do filme) faz um idoso que trabalha como traficante para um cartel mexicano. No entanto, ele atrai a atenção de um policial (vivido por Bradley Cooper, de “Nasce uma Estrela”).

HBO, 22h, 16 anos

Guerra Fria

Vencedor do prêmio de melhor direção no Festival de Cannes de 2018 e indicado ao Oscar em três categorias (direção, fotografia e filme estrangeiro), o longa do polonês Pawel Pawlikowski narra o conturbado amor entre um músico e uma cantora.

Cena do filme 'Guerra Fria', de Pawel Pawilowski. Divulgação/

Tomasz Kot e Joanna Kulig em 'Guerra Fria'. Divulgação/

Tomasz Kot e Joanna Kulig em 'Guerra Fria'. Divulgação/

Tomasz Kot e Joanna Kulig em 'Guerra Fria'. Divulgação/

Tomasz Kot e Joanna Kulig em 'Guerra Fria'. Divulgação/

Joanna Kulig em cena de 'Guerra Fria', do cineasta polonês Pawel Pawlikowski. Divulgação/

Cena do filme 'Guerra Fria', de Pawel Pawilowski. Divulgação/

Telecine Cult, 22h, 14 anos

Atentado ao Hotel Taj Mahal

Em 2008, a cidade indiana de Mumbai sofreu vários ataques terroristas ao mesmo tempo. Este filme reconstitui em minúcias o que atingiu um hotel de luxo. Dev Patel (“Lion: Uma Jornada para Casa”) faz um funcionário e Armie Hammer (“Me Chame pelo Seu Nome”) é um dos hóspedes.

Cena de 'Atentado ao Hotel Taj Mahal'. Divulgação/

Cena de 'Atentado ao Hotel Taj Mahal'. Divulgação/

Cena de 'Atentado ao Hotel Taj Mahal'. Divulgação/

Cena de 'Atentado ao Hotel Taj Mahal'. Divulgação/

Telecine Premium, 22h, 14 anos

Kill Bill

O canal exibe em sequência os dois volumes de uma das melhores obras de Quentin Tarantino. Uma Thurman faz uma assassina profissional que, depois de passar quatro anos em coma, quer se vingar dos antigos comparsas que tentaram matá-la.

A atriz Uma Thurman em cena do filme "Kill Bill", de Quentin Tarantino.. /

A atriz Uma Thurman interpreta uma mulher vingativa em cena do filme "Kill Bill", de Quentin Tarantino.. Divulgação/

Uma Thurman e Lucy Liu contracenam em "Kill Bill - Vol.1". /

Cena do filme "Kill Bill - Volume 1", de Quentin Tarantino, com Uma Thurman e Chiaki Kuriyama.. Divulgação/

A atriz Uma Thurman em cena do filme "Kill Bill", do diretor Quentin Tarantino.. Divulgação/

Uma Thurman como a Noiva, de "Kill Bill Vol. 2". /

A&E, 19h30, 18 anos

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