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Aldir Blanc surfou nas águas de março, escreve seu amigo, o cartunista Jaguar

A imagem mais forte que guardo dele: esparramado na sala, pernas e braços abertos, como pregado numa cruz imaginária

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Não lembro o meu primeiro encontro com Aldir. Deve ter sido em alguma bebedeira deletada pela amnésia alcoólica.

A imagem mais forte e mais recente que guardo dele: esparramado na sala do seu apartamento na rua Garibaldi, pernas e braços abertos, como pregado numa cruz imaginária.

Com uma garrafa, acho que de cachaça, vazia ao lado.

Quando o Pasquim, no começo dos anos 1970, lançou o “Disco de Bolso”, ele e seu parceiro João Bosco foram convocados para participar. A ideia era o seguinte: no lado A um nome consagrado faria uma música inédita e, no lado B, uma estreia. No caso, da dupla Aldir Blanc e João Bosco, com “Agnus Sei”.

Tom Jobim topou (“os garotos são bons”) e uma semana depois avisou que tinha feito uma “musiquinha”. Ela era, nada mais, nada menos que “Águas de Março”. Fica aí a informação para os pesquisadores, esse chatos indispensáveis.

Jaguar é cartunista e foi um dos fundadores do jornal O Pasquim

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