Siga a folha

Descrição de chapéu Televisão

Mario Frias foi deputado de esquerda e mulherengo em novela antes de se candidatar

Com Thomas Jefferson, em 'Senhora do Destino', atual secretário da Cultura fazia um corrupto sem sorte no amor

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Mario Frias, atual secretário especial da Cultura que deixará o cargo para se candidatar a deputado federal nas eleições deste ano, já viveu Thomas Jefferson nas telinhas. Mas não foi o terceiro presidente dos Estados Unidos e principal autor da carta de independência do país, mas Thomas Jefferson Bezerra de Souza, na novela "Senhora do Destino" da Globo, exibida na faixa das oito da noite em 2004 e 2005.

Ainda assim, a relação com o político que estampou a extinta nota de dois dólares existe. O personagem de Frias foi batizado em homenagem a ele e acabou ele mesmo se tornando um engravatado de Brasília —jovem e mulherengo, radical de esquerda e corrupto.

Mario Frias interpreta o deputado Thomas Jefferson, na novela 'Senhora do Destino' - João Miguel Júnior/TV Globo

Na trama, ele não se destacou tanto quanto Nazaré Tedesco, vivida por Renata Sorrah e até hoje estampada em memes, ou Giovanni Improtta, papel de José Wilker, e que ainda renderia um longa de comédia dez anos depois da novela, mas Jefferson tinha sua fatia na trama como um malandro sem sorte no amor.

Enquanto o Frias político de hoje ataca continuamente a imprensa em suas redes, seu personagem ansiava aparecer nos jornais e na TV a todo custo, ao mesmo tempo em que se divida entre Brasília e Rio de Janeiro, não mais com a pinta de surfista que o consagrou, mas indo para a periferia carioca armando maracutaias para ganhar votos.

Por outro lado, tudo nas suas tramas políticas degringolam graças a Maria Eduarda, personagem de Débora Falabella, que era sua musa e paixão nunca correspondida. Largado na "friend zone", Duda só tinha olhos para o personagem de Marcello Antony, filho da protagonista Maria do Carmo —Susana Vieira. Ainda assim, a relação com o político vivido por Frias era incentivada pelos pais da garota, graças à sua posição na política.

Os atores Tânia Kalil e Mários Frias durante gravação da novela 'Senhora do Destino', da Globo - Gianne Carvalho/TV Globo

Numa entrevista na época de divulgação da novela, Frias descrevia o personagem como um "eterno preterido", que é "carente, super-sozinho, que quer achar alguém maneiro".

Na história, ele ainda namora a filha de um bicheiro, que era lésbica, afinal, e uma passista que fica com dúvidas entre o romance e o samba. Eles se casam e vivem em Brasília, mas no final ele acaba ficando de olho na mulher de um ex-prefeito.

Curiosamente, o próprio Jornal Nacional, da Globo, deu especial destaque para essa participação de Frias em 2020, quando ele sucedeu Regina Duarte na secretaria especial da Cultura.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas