Siga a folha

Descrição de chapéu Obituário Nicolas Vlavianos (1929 - 2022)

Nicolas Vlavianos, que criou esculturas no Arouche e na Sé, morre aos 93 anos

Artista plástico nascido na Grécia deixa obras em pontos icônicos de São Paulo, cidade que adotou nos anos 1960

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

O artista plástico Nicolas Vlavianos morreu na madrugada deste sábado (25), aos 93 anos, por insuficiência respiratória causada por uma infecção. Ele estava internado na clínica Sainte Marie, voltada para pacientes em processo de desospitalização e localizada na zona sul de São Paulo.

Segundo sua filha, Myrine Vlavianos, o artista passou os últimos seis meses entre idas e vindas do hospital. Seu corpo será velado em Embu das Artes, onde será cremado no fim da tarde.

O escultor Nicolas Vlavianos em 2011 - Mastrangelo Reino/Folhapress

Vlavianos nasceu em Atenas, na Grécia, em 1929. Começou a carreira dedicando-se à pintura, nos anos 1950, e na sequência se mudou para Paris, onde estudou na Académie de la Grande Chaumière, ao lado do escultor russo Ossip Zadkine, e na Académie du Feu, com o pintor húngaro László Szabó.

No início dos anos 1960, Vlavianos se mudou para São Paulo, cidade que adotaria para o resto da vida. Na Fundação Armando Álvares Penteado, a Faap, passou a lecionar expressão tridimensional e, em 1963, foi premiado na 7ª Bienal Internacional de São Paulo. Também recebeu honrarias no Salão Esso de Artistas Jovens, na Bienal Nacional de Artes Plásticas de Salvador, no Salão de Arte Moderna de Brasília e no Salão Paulista de Arte Contemporânea.

Inauguração da escultura representativa da "união de forças de todos os paulistas para um fim comum", de Vlavianos, erguida em 1976 na esquina das ruas 24 de Maio e Dom José de Barros - Folhapress

Assim, ganhou reconhecimento internacional e se tornou um dos principais nomes da escultura no Brasil. Da Associação Paulista de Críticos de Arte, a APCA, recebeu troféus em 1974 e 2001.​ Sua obra é marcada por planos geométricos justapostos, assimétricos e irregulares e com frequência discute as relações entre ser humano e máquina.

Em São Paulo, expôs seus trabalhos em pontos icônicos, como a praça da Sé, que recebeu "Nuvem sobre a Cidade", e o largo do Arouche, com "Progresso". Em 2021, a obra "Victory" foi entregue como troféu ao piloto Kimi Raikkonen, durante o Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1, como homenagem à sua carreira.​

Vlavianos foi casado com a também artista plástica Teresa Nazar e era viúvo. Ele deixa, além de Myrine, o filho Gabriel Vlavianos.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas