Siga a folha

Descrição de chapéu Livros

Silviano Santiago retira candidatura à ABL e se diz 'desestimulado e triste'

Autor de 'Machado' era favorito à cadeira deixada por Lygia Fagundes Telles; Jorge Caldeira deve ser eleito

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

O crítico literário Silviano Santiago, que tinha status de favorito a ocupar a cadeira número 16 da Academia Brasileira de Letras após a morte de Lygia Fagundes Telles em abril, tomou a decisão de se retirar da disputa.

Segundo ele afirma a este repórter, foi uma escolha de "foro íntimo". "Achei melhor retirar minha candidatura. Aos 85, me sentia desestimulado e triste. Foi uma decisão de foro íntimo. De mim para comigo."

Silviano Santiago na cerimônia de entrega do prêmio Jabuti em 2017 - Mastrangelo Reino/Folhapress

Para ocupar a vaga deixada por uma das principais escritoras brasileiras, era esperado que se elegesse um profissional da literatura como Santiago, também autor celebrado de romances como "Em Liberdade", "Stella Manhattan" e "Machado".

A saída do crítico da corrida surpreendeu os membros da Academia, em especial porque o prazo para inscrição de candidaturas para a eleição que acontece em 7 de julho já se encerrou.

Há outros dez postulantes formais à cadeira, e o candidato que agora reúne mais simpatia dos acadêmicos é o jornalista Jorge Caldeira, especialista em história econômica e biógrafo de Noel Rosa e do visconde de Mauá.

O mais recente escolhido para integrar a Academia Brasileira de Letras foi o professor catarinense Godofredo de Oliveira Neto, eleito em junho para a vaga do acadêmico Candido Mendes.

As eleições anteriores, algumas delas bastante rumorosas, foram marcadas por se desviar da literatura stricto sensu para abarcar outros ofícios de forma mais abrangente —uma tendência que poderia ser interrompida com a agora inviabilizada eleição de Santiago.

Desde novembro, a atriz Fernanda Montenegro, o músico Gilberto Gil, o médico Paulo Niemeyer Filho, o advogado José Paulo Cavalcanti e o economista Eduardo Giannetti da Fonseca foram escolhidos para ocupar cadeiras na Casa de Machado de Assis.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas