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Gonçalves Dias escreveu o poema mais famoso sobre a saudade do Brasil

Vítima de um naufrágio, poeta que integra Coleção Folha foi homenageado por Machado de Assis no Diário do Rio de Janeiro

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Porto Alegre

Quando soube da notícia equivocada sobre sua morte, em 1862, Gonçalves Dias brincou —disse que cuidaria da publicação de suas obras póstumas. O poeta maranhense morreria dois anos depois, afogado em um naufrágio ao retornar da Europa.

Retrato de Antônio Gonçalves Dias, poeta, escritor e teatrólogo brasileiro - Reprodução

São dele alguns dos versos mais populares da literatura brasileira, do poema "Canção do Exílio". "Minha terra tem palmeiras,/ Onde canta o sabiá;/ As aves, que aqui gorjeiam,/ Não gorjeiam como lá", escreveu sobre a saudade que sentia do Brasil enquanto estudava em Portugal.

Na última estrofe, fez um pedido aos céus que acabou atendido. "Não permita Deus que eu morra,/ Sem que eu volte para lá", escreveu décadas antes de morrer em mares brasileiros.

Após sua morte, o jovem Machado de Assis prestou uma homenagem. "A poesia nacional cobre-se, portanto, de luto. Era Gonçalves Dias o seu mais prezado filho, aquele que de mais louçania a cobriu. Morreu no mar-túmulo imenso para talento", escreveu Machado no Diário do Rio de Janeiro.

Ao lado de outros poemas canônicos, como o épico indianista "I-Juca Pirama", "Canção do Exílio" integra o volume dedicado ao poeta na Coleção Folha Clássicos da Literatura Luso-Brasileira. O livro chega às bancas no domingo (3).

"I-Juca Pirama" é dividido em dez cantos que narram a história de um indígena tupi capturado pelos timbiras. "Meu canto de morte,/ Guerreiros, ouvi:/ Sou filho das selvas,/ Nas selvas cresci;/ Guerreiros, descendo/ Da tribo Tupi", apresenta-se o guerreiro derrotado.

Ao prisioneiro, é reservado um ritual com sacrifício e consumo da sua carne. Porém, o rito antropofágico é cancelado quando os timbiras consideram que o tupi foi covarde ao chorar se lembrando de seu pai velho e cego.

"– Mentiste, que um Tupi não chora nunca,/ E tu choraste!... parte; não queremos/ Com carne vil enfraquecer os fortes", responde o líder timbira.

Como afirma a escritora Noemi Jaffe na contracapa da edição, seus poemas "são uma chave para entender a formação não só da literatura nacional como do país como um todo".


COMO COMPRAR

Site da coleção: lusobrasileira.folha.com.br

Telefone: (11) 3224-3090 (Grande São Paulo) e 0800 775 8080 (outras localidades)

Frete grátis: SP, RJ, MG e PR (na compra da coleção completa)

Nas bancas: R$ 25,90 o volume

Coleção completa: R$ 598,80 à vista ou em até 12x de R$ 49,90 sem juros (para assinantes Folha e UOL)

Demais leitores: R$ 718,80 à vista ou em até 12x de R$ 59,90 sem juros

Lote avulso: R$ 150,20

A Coleção Clássicos da Literatura Luso-Brasileira reunirá um total de 30 livros, intercalando obras de grandes escritores portugueses e brasileiros, em edições em capa dura

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