Siga a folha

Descrição de chapéu Livros Bienal do Livro

Bienal do Livro muda de lugar em SP aumentando espaço contra apertos e filas

Maior evento literário do ano ocupa pavilhão do Anhembi em setembro com programação que mistura pop ao independente

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A Bienal do Livro de São Paulo muda de endereço para sua próxima edição, que vai de 6 a 15 de setembro, ampliando o espaço dos expositores em busca de estrutura mais confortável para os visitantes.

Público em fila no penúltimo dia da Bienal do Livro de 2022, no Expo Center Norte em São Paulo. - Folhapress

O último evento, de 2022, teve sua programação robusta algo ofuscada pelo aperto nos corredores, pelo périplo em longas filas embaixo do sol por leitores já de ingresso comprado e pela interrupção de vendas de entradas para conter a superlotação.

"Uma das grandes facilidades desse novo pavilhão do Anhembi é a logística de acesso", afirma Mayra Nardy, diretora da empresa RX, que organiza a Bienal ao lado da Câmara Brasileira do Livro, durante apresentação a jornalistas e influenciadores na manhã desta quinta.

Depois de uma reforma recente, o Anhembi foi renovado e climatizado e, segundo a promessa de Nardy, não haverá rua interna entre os estandes com menos de dez metros de largura.

"Não vai ter filas para autógrafos, e sim senhas distribuídas de forma online e gratuita, então não precisa daquela aglomeração. Teremos mais catracas na entrada e espaço coberto para acomodar as filas. E sem dúvida a área maior deu a possibilidade de rever a planta", diz Nardy, em referência a um pavilhão cerca de 15% maior que o Expo Center Norte, onde foi o evento de dois anos atrás.

O espaço ocupado por estandes pagos teve um aumento mais acentuado ainda, 45% acima da última edição. São 227 expositores, entre as mais diversas iniciativas editoriais, contra os cerca de 180 de antes. O investimento total no maior evento literário do ano foi de R$ 36,5 milhões.

"Não medimos esforços para aprimorar a infraestrutura, o que atraiu mais expositores. Esperamos um público ainda maior que os 660 mil visitantes da última edição", afirma Sevani Matos, presidente da Câmara Brasileira do Livro.

Uma iniciativa recente mantida é o cashback, que permite a quem comprar o ingresso antecipadamente, pagando R$ 35, ter um crédito de R$ 15 para comprar produtos lá dentro —quem pagar meia-entrada terá R$ 10 na conta, o que ajuda a fazer circular a renda entre as editoras.

O público que comprar ingresso poderá ver uma seleção ampla de curadoria, que vai de ficção literária como a de Leonardo Padura e Imogen Binnie a nomes pop como Felipe Neto, Hayley Kiyoko e Jeff Kinney, autor dos livros "Diário de um Banana".

Mas também haverá programação dedicada a crianças, culinária, cordel e discussões sobre mercado editorial —a lista completa e detalhada está disponível a partir desta quinta no site da Bienal.

A curadoria ressalta que há bem mais convidados brasileiros que estrangeiros no programa —são uma multidão de 683 contra apenas 33— porque a intenção é "dar visibilidade aos autores nacionais". Entre eles, há nomes de destaque como Itamar Vieira Junior, Monja Coen, Ailton Krenak e Conceição Evaristo, infalíveis em atrair público.

Entre as mais raras presenças de fora, chamam atenção a coreana Hwang Bo-Reum, de "Bem-Vindos à Livraria Hyunam-Dong", puxando a onda da "ficção de cura"; a holandesa Elma van Vliet, que criou a coleção interativa "Tesouros de Família"; e o best-seller da ficção científica John Scalzi, um dos grandes sucessos da editora Aleph no Brasil.

O país homenageado neste ano é a Colômbia, terra de Gabriel García Márquez, depois de uma rumorosa parceria com Portugal na edição passada. Não há nomes chamativos do país até agora, porém.

A homenagem que parece valer mais é a uma grande perda recente —o cartunista Ziraldo, morto em abril e sensação de várias bienais. O espaço infantil terá sempre às 15h a "Hora Maluquinha", um aceno afetuoso ao ícone das letras.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas