Na safra de ficção científica deste ano, as editoras preparam investimentos em autores já consagrados, como Octavia Butler e Isaac Asimov, e apostam em raridades.
A Morro Branco, que publica Butler no Brasil, traz em maio “Imago”, que conclui a trilogia da autora que começou com “Despertar” e “Ritos de Passagem”. E já começa no segundo semestre uma nova série de livros, “Seed to Harvest”.
Já a Aleph vai traduzir em breve “The Stars, Like Dust”, romance de mistério de Asimov, autor de “Eu, Robô” e da "Trilogia da Fundação". E neste próximo mês publica “Redshirts”, best-seller do americano John Scalzi, vencedor do prêmio Hugo de melhor romance.
A editora também traz, no semestre que vem, “A Cidade e as Estrelas”, de Arthur C. Clarke, e “Presa”, de Michael Crichton —ambos já saíram no Brasil há um punhado de anos. Já a Rocco investe na primeira ficção científica para adultos de Christopher Paolini, do épico "Eragon", chamada “Dormir em um Mar de Estrelas”.
Entre as apostas da Morro Branco ainda para este ano, estão “The Player of Games”, que abre um universo de ficção científica de um autor ainda pouco conhecido por aqui, o britânico Iain M. Banks; e “Alamut”, romance do italiano Vladimir Bartol, de raízes eslovenas, que foi inspiração para o game “Assassin’s Creed”.
PEPITA Paulo Marcos del Greco, nome relevante entre os poetas brasileiros da chamada Geração 60, teve sua obra resgatada pela K. Casa Editorial Independente. “Lamentações de Fevereiro” traz o livro de poemas publicado em vida por Del Greco em 1960, pela prestigiosa editora de Massao Ohno, junto a material inédito herdado pelo editor Cristiano Passos. A preciosa edição, com prefácio de Claudio Willer, tem tiragem de apenas 60 exemplares.
PEQUENO PASSO A Rocco vai relançar, em julho, um dos grandes clássicos de não ficção de Tom Wolfe, “Os Eleitos”, uma investigação sobre a vida dos pilotos que lideraram a corrida espacial nos Estados Unidos. A obra estava esgotada há tempos.
DO OUTRO LADO DA TERRA Em junho, a 34 vai incrementar sua já tradicional biblioteca de literatura russa com “Escola de Idiotas”, a obra mais conhecida de Sacha Sokolov, e “Problemas da Obra de Dostoiévski”, de Mikhail Bakhtin, uma crítica filosófico-literária do mestre do século 19.
ANTES DA SPUTNIK Os dois livros já tinham alguma entrada no Brasil —“Escola de Idiotas” saiu por uma pequena editora nos anos 1990 e o livro de Bakhtin, considerado por alguns seu maior trabalho, saiu numa versão revisada pelo autor, de 1963. A 34 agora publica a obra original, de 1929.
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