Em live com Itaú, Guedes diz que '200 milhões de trouxas' são explorados por seis bancos
Para ministro, concentração não significa que bancos tenham feito algo errado, mas que economia brasileira é hostil
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Em videoconferência promovida pelo Itaú BBA, o ministro Paulo Guedes (Economia) criticou a concentração do sistema bancário do Brasil. Para ele, com reformas e ampliação de investimentos, a economia ficará mais competitiva.
“Em vez de termos 200 milhões de trouxas sendo explorados por seis bancos, seis empreiteiras, seis empresas de cabotagem, seis distribuidoras de combustíveis; em vez de sermos isso, vai ser o contrário. Teremos centenas, milhares de empresas”, disse neste sábado (9).
O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, participava do debate. O grupo faz parte da lista de seis maiores bancos do país, assim como duas instituições financeiras públicas, o Banco do Brasil e a Caixa.
Após o deslize, o ministro fez um esforço para explicar a afirmação. Guedes declarou que não foi uma recriminação a algum banco específico ou a uma determinada empreiteira.
“Eu, quando falo sempre que somos 200 milhões de trouxas com seis bancos, seis empreiteiras, seis isso, seis aquilo, eu quero muito mais enfatizar a importância da competição. [...] Mercados pouco competitivos são menos convenientes para os consumidores”, afirmou.
Ele frisou que, apesar da concentração bancária, isso não significa que algum banco tenha feito algo errado, e sim mostra que a economia brasileira é hostil, com alta carga tributária, por exemplo.
Então, o ministro buscou ressaltar que as seis maiores instituições financeiras do país foram as que conseguiram sobreviver a esse ambiente.
A crítica ao sistema bancário foi dita enquanto Guedes defendia reformas estruturantes no país para estimular investimentos e criar uma classe média empreendedora como forma de estimular a economia.
Segundo ele, dessa forma, haveria inclusive maior valorização dos trabalhadores, já que a mão-de-obra seria menor.
Erramos: o texto foi alterado
Versão anterior desta reportagem afirmava que Candido Bracher era presidente do Itaú BBA, e não do Itaú Unibanco. O texto foi corrigido.
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