A Virgin Galactic anunciou nesta sexta-feira (25) que recebeu da agência americana de aviação, a FAA, licença para transportar passageiros em voos espaciais futuros.

Com três testes de voos espaciais concluídos até o momento nos últimos dois anos, a Virgin Galactic agora tem mais três testes de voos espaciais planejados antes de concluir o desenvolvimento.

A empresa havia anunciado anteriormente que seu próximo voo espacial transportaria quatro passageiros para testar a cabine da espaçonave, no segundo voaria o fundador, Richard Branson, e o terceiro levaria membros da Força Aérea Italiana para treinamento profissional de astronautas.

A espaçonave Unity da Virgin Galactic foi projetada para acomodar até seis passageiros junto com os dois pilotos. A empresa tem cerca de 600 reservas de passagens em voos futuros, vendidas a preços entre US$ 200 mil e US$ 250 mil cada.

Até o momento, cinco funcionários da Virgin Galactic, incluindo quatro pilotos, tornaram-se astronautas reconhecidos pela FAA –os EUA veem oficialmente uma altitude de 80 quilômetros como a fronteira com o espaço.

Os atrasos no desenvolvimento levaram a uma demora para o início do serviço comercial, ora prometido pela empresa para meados de 2020, e agora para o início de 2022.

A corrida espacial é alimentada por otimismo de que a viagem pode ser levada ao grande público, à medida em que tecnologia for comprovada e os custos caírem.

Neste mês, um assento em uma nave espacial com o bilionário Jeff Bezos saiu por US$ 28 milhões (R$ 143 milhões) durante um leilão, concluindo o processo de licitação de um mês para a viagem turística na viagem inaugural do Blue Origin no próximo mês.

O lançamento em 20 de julho do New Shepard, da Blue Origin, do Oeste do Texas, será um momento marcante, com os EUA em busca de uma nova era de viagens espaciais comerciais e privadas.

Bezos, fundador da Amazon e entusiasta de longa data de viagens ao espaço, tem competido com outros bilionários com aspirações espaciais, como Richard Branson e Elon Musk –com a SpaceX–, para ser o primeiro dos três a viajar além da atmosfera da Terra.

Branson, porém, pode tentar roubar o momento de Bezos. Segundo a Reuters, ele pode se juntar a um possível teste de voo à beira do espaço em 4 de julho a bordo da nave VSS Unity, da Virgin.

O UBS diz que o mercado de viagens de longa distância pode valer mais de US$ 20 bilhões (R$ 100 bilhões), mas barreiras, como a certificação de segurança aérea, possa inviabilizar os planos.​

Com Reuters