'Grande renúncia' brasileira, quiz de notícias da semana e o que importa no mercado
Leia a edição da newsletter FolhaMercado desta sexta-feira (19)
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Esta é a edição da newsletter FolhaMercado desta sexta-feira (19). Quer recebê-la de segunda a sexta, às 7h, no seu email? Inscreva-se abaixo:
'Grande renúncia' no Brasil é entre diplomados
Assim como acontece nos EUA, no Brasil nunca se pediu tanta demissão como agora. Aqui, porém, a dinâmica é bem diferente da observada por lá.
Entenda: nos dois casos a pandemia e seus efeitos serviram como catalisadores para a leva de pedidos de demissão.
- A principal diferença é que os brasileiros que têm pedido as contas são mais qualificados –quase metade tem diploma–, enquanto nos EUA o movimento "The Great Resignation" (a grande renúncia) atinge diferentes estratos da população.
- O mercado de trabalho americano está próximo da mínima histórica do desemprego, com duas vagas abertas para cada trabalhador desocupado. No Brasil, a taxa de desemprego até vem caindo nos últimos meses, mas está longe da mínima e fechou o segundo trimestre em 9,3%.
Em números: de janeiro a maio deste ano, 2,9 milhões de brasileiros pediram para sair do trabalho. O número corresponde a 34% do total de baixas na CLT e é o maior índice da série história iniciada em 2005. O levantamento é da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) a partir dos dados do Caged.
- Entre o total de demissões no nível superior, quase metade (48,2%) foi voluntária. Entre os que nem chegaram a concluir o ensino fundamental, apenas um em cada quatro pedidos de desligamento partiu do trabalhador.
Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da Firjan, afirma que no Brasil os pedidos de demissão são restritos a um grupo pequeno, formado por jovens com atividades que podem ser cumpridas de maneira remota.
A Folha já mostrou como o setor de tecnologia, que reúne profissionais com essas características, passa por um déficit de pessoal. As recentes demissões em massa nos unicórnios (startups avaliadas em US$ 1 bi ou mais) não alteraram essa tendência.
Mais sobre mercado de trabalho
- Trabalhadores avaliavam seus ex-patrões anonimamente. Até que um chefe foi à Justiça.
- Funcionários do Google nos EUA fazem petição por mudanças na política de aborto.
MercadoCoin
O Mercado Livre anunciou nesta quinta-feira (18) a criação de sua criptomoeda, a MercadoCoin. Ela será a base de um programa de fidelidade da maior empresa de ecommerce da América Latina.
Como vai funcionar: os clientes ganharão "MercadoCoins" como cashback ao comprarem produtos na plataforma.
- Esses ativos poderão ser usados para pagamento de novas compras ou negociados na carteira digital Mercado Pago, com a opção de transferir o valor em reais. Nada muda para os vendedores, que continuarão recebendo em reais.
- A moeda tem um valor inicial equivalente a US$ 0,10, informou a companhia. Como não tem lastro, ou seja, não tem seu valor atrelado a outro ativo, ela irá variar de acordo com a oferta e demanda do mercado.
A MercadoCoin usa um padrão (ERC-20) e o blockchain da ethereum. Ela já está disponível para 500 mil usuários no Brasil e deve chegar aos 80 milhões de clientes no país até o fim do mês. A custódia ficará a cargo da fintech Ripio.
Mercado cripto: esse é mais um passo da companhia argentina no universo das moedas digitais, após ter liberado aos clientes a negociação de bitcoin, ethereum e USDP (moeda lastreada ao dólar) no Mercado Pago.
- Mesmo com a queda das cotações desses ativos em 2022, grandes instituições financeiras nacionais também disponibilizaram nas últimas semanas aos clientes plataformas de negociações de criptos, caso das rivais XP e BTG Pactual e da fintech Nubank.
- O bancão Itaú ainda não tem planos para isso, mas lançou em julho uma unidade própria de criptoativos, que tem como objetivo tokenizar títulos de renda fixa e ações negociadas no mercado.
Dê uma pausa
As redes de farmácias Walmart, Walgreens e CVS foram condenadas nesta quarta por um juiz de Ohio a pagar US$ 650,6 milhões (R$ 3,3 bilhões) a dois condados do estado por seu papel na crise dos opióides.
As empresas alegam que os farmacêuticos apenas respeitaram as prescrições dos médicos, que receitam substâncias aprovadas pelas autoridades sanitárias.
Entenda: esse é mais um caso da epidemia de analgésicos, considerada a pior da história do país.
- Em 2021, quando o número de mortes por overdose de drogas nos EUA bateu recorde, o fentanil, opioide sintético desenvolvido para tratar dor crônica, foi responsável por mais da metade das fatalidades: 71.238.
Para entender melhor a magnitude do problema, há no streaming ao menos três produções que mostram diferentes aspectos da crise e como ela envolveu promiscuidade na relação entre farmacêuticas, médicos e autoridades:
- "Dopesick": em oito episódios, a produção foca na origem da epidemia ao tratar da Purdue Pharma e do seu OxyContin. A minissérie mexe naquilo que por mais de duas décadas os EUA se recusaram a crer, escreve a colunista Luciana Coelho. Disponível no Star+.
- "O Crime do Século": o documentário do diretor Alex Gibney feito em parceria com o Washington Post acompanha em dois episódios as investigações acerca do conluio entre farmacêuticas, médicos e autoridades. Na HBO Max.
- "The Pharmacist": acompanha a batalha de um farmacêutico para investigar e denunciar a corrupção na indústria dos opióides após a morte de seu filho. Na Netflix.
Além da economia:
- "Desconectados": Folha lança documentário sobre educação na pandemia; veja trailer.
- GuiaFolha: conheça as 10 estreias dos cinemas desta semana, que vão de Tony Ramos a 'Dragon Ball'.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters