Siga a folha

Descrição de chapéu Twitter

Empréstimo para Musk comprar Twitter foi pior negócio do tipo para bancos desde crise de 2008

Rede social foi adquirida por US$ 44 bilhões em 2022, dos quais US$ 13 bi foram tomados emprestados pelo bilionário, diz Wall Street Journal

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

O empréstimo cedido por bancos a Elon Musk em 2022 para viabilizar a compra do Twitter se tornou o pior negócio de financiamento a aquisições desde a crise financeira global de 2008.

A rede social, hoje chamada X, foi adquirida pelo bilionário, CEO da SpaceX e da Tesla, por US$ 44 bilhões, dos quais US$ 13 bilhões foram obtidos por meio dessas captações.

Segundo reportagem do Wall Street Journal, o fraco desempenho financeiro da plataforma deteriorou o valor dos empréstimos, fazendo com que muitos ficassem "pendurados", no jargão do setor, nos balanços contábeis dos bancos envolvidos.

O bilionário Elon Musk, dono do Twitter e CEO da SpaceX e da Tesla, durante evento na Califórnia - Reuters

Participaram da capitalização instituições como Morgan Stanley, Bank of America, Barclays, Mitsubishi UFJ Financial Group (MUFG), BNP Paribas, Mizuho e Société Générale.

Bancos que fornecem esses empréstimos para aquisições de empresas geralmente revendem rápido a dívida a outros investidores para retirá-las de seus balanços e lucrar com as transações.

No entanto, desta vez, os envolvidos não conseguiram se livrar desses passivos sem incorrer em prejuízos. Segundo a reportagem, isso prejudicou as carteiras de empréstimos dos bancos e até a remuneração da equipe de fusões e aquisições de um deles.

Os empréstimos vencem em sete a oito anos e têm juros acima da taxa referencial cobrada das empresas com boas classificações de crédito. Musk já disse que os pagamentos anuais de juros do X somam cerca de US$ 1,5 bilhão.

Dados da consultoria PitchBook LCD mostram que a operação para compra do Twitter ficou pendurada por mais tempo do que qualquer outro empréstimo semelhante desde a crise financeira ocorrida entre 2008 e 2009.

De acordo com o Wall Street Journal, citando pessoas envolvidas nas negociações, as instituições apoiaram a compra porque o fascínio de financiar a pessoa mais rica do mundo era atraente demais para que deixassem passar. Elon Musk tem um patrimônio de US$ 248,9 bilhões, segundo a Forbes.

Quase dois anos após a aquisição, os negócios para o site ainda continuam incertos. Em 2023, a empresa estimou que valia US$ 20 bilhões, menos da metade do valor da aquisição.

O X luta para reconquistar o mercado publicitário, principal fonte de receitas, que vê com receio o comportamento de Musk e mudanças ocorridas na rede social. A empresa está processando uma coalizão do setor por promover o que chama de "boicote ilegal" à plataforma.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas