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Veja livros de negócios recomendados pelo Financial Times

Lista tem comparação entre pôquer e investidores, análise da cultura do trabalho e livro sobre inteligência artificial

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Financial Times

A discussão sobre felicidade no trabalho, uma comparação entre o comportamento de jogadores de pôquer com investidores e a desigualdade financeira para quem trabalha com inteligência artificial são alguns dos temas de livros recomendados pelo Financial Times para ler neste mês.

Veja abaixo as indicações

Livros recomendados para ler neste mês - Reprodução

"Job Therapy: Finding Work that Works for You", de Tessa West

Você está infeliz no trabalho? É uma pergunta que muitos de nós, em algum momento, fazemos a nós mesmos. No entanto, na literatura de gestão, a mundanidade cotidiana da insatisfação no escritório às vezes é negligenciada, submersa pelo ímpeto de conselhos práticos.

Isso é algo que Tessa West, professora de psicologia da Universidade de Nova York, quer mudar. Seu último livro pede aos leitores que se aprofundem para identificar o que está os afligindo no local de trabalho e analisem suas respostas emocionais e percepções equivocadas em vez de agir por impulso.

O livro é estruturado sobre vários diagnósticos de carreira. Os leitores podem estar sofrendo porque são "segundos colocados" que sempre perdem promoções ou porque "se afastaram". Eles podem ser uma "estrela subestimada" que trabalha arduamente sem receber as recompensas que merece.

É um método bem conhecido de West, cujo livro anterior, "Jerks at Work", também se concentrou em arquétipos, embora sejam aqueles com os quais preferiríamos não ser identificados. A abordagem torna o livro acessível, porém alguns podem achar que a análise sob cada um dos títulos parece um pouco viajante e repetitiva.

"Job Therapy" tem orientações práticas, com atividades e perguntas de múltipla escolha. Mas incentiva os leitores a realmente investigar o que está acontecendo, dissecando os motivos do tédio no trabalho em diversas partes. Essa abordagem terapêutica para delegar tarefas, responder a emails ou gerenciar uma equipe parece inovadora. Como a terapia, também pode ser desconfortável, envolvendo perguntas difíceis sobre status, relacionamentos ou percepções infladas de si mesmo.

Este é um livro de autoajuda. Está preocupado com a maneira como o leitor pode enfrentar seus próprios problemas, em vez das razões estruturais pelas quais o trabalho pode nos deixar infelizes. Ainda assim, para aqueles em um impasse, o reconhecimento direto dos problemas do escritório por West e sua abordagem honesta e prática para enfrentá-los podem ser incomumente úteis.

*(Bethan Staton)*

Job Therapy: Finding Work that Works for You (Terapia de Trabalho: Encontrando um Trabalho que Funciona para Você)

Avaliação:
  • Preço: R$ 277,15 (286 págs.); R$ 56,32 (ebook)
  • Autoria: Tessa West
  • Editora: Portfolio

"On the Edge: The Art of Risking Everything", de Nate Silver

Quando Nate Silver chegou às Bahamas para jogar um torneio de pôquer em janeiro, ele estava relaxado —apesar de a taxa de entrada na competição ser de US$ 25 mil. Mas na mesa seu corpo estava acelerado, seu peito batendo forte toda vez que ele tinha que tomar uma decisão. "De alguma forma, eu estava processando essa experiência em dois níveis completamente diferentes: minha mente consciente já estava calma, mas meu corpo, não", descreve.

Essa resposta física a cenários de alto risco não é uma desvantagem: pode ser produtiva. Tanto para jogadores de pôquer quanto para investidores.

Silver ficou famoso como um mago moderno na previsão de eleições —ele previu a vitória de Barack Obama em 2008, e em 2012, quando seu site FiveThirtyEight antecipou corretamente os resultados em todos os estados— mas ele admite que o mundo das apostas é onde se sente mais à vontade. E "On The Edge" nos leva até lá, em um local que Silver chama de "The River" (como é chamado no pôquer Texas Hold-em a quinta e última carta comunitária que é exibida pelo crupiê e define quem tem o melhor jogo, mas não necessariamente o vencedor).

Autor usa experiências do pôquer em livro com associações sobre investimentos - Folhapress

O termo de pôquer denota um "ecossistema expansivo de pessoas com ideias semelhantes" que abrange "profissionais de pôquer de baixo risco (a) bilionários de capital de risco".

Para entender como pensam esses tomadores de risco cada vez mais poderosos —apelidados de "Riverians", em contraste com os "Villagers" avessos ao risco—, Silver os encontra em festas de criptomoedas em Miami após o primeiro surto de bitcoin e conferências secretas em Utah. Seu mantra? Otimize seu caminho para o máximo "valor esperado".

Com base em 200 entrevistas, o livro de Silver se destaca quando cruza disciplinas. Uma seção reveladora explica por que jogadores compulsivos de caça-níqueis não querem ganhar. Citando a antropóloga cultural Natasha Schüll, Silver afirma que ganhar um grande prêmio os força a entrar no mundo real. "De repente, eles teriam que urinar muito ou sentir algumas cólicas", contou Natasha ao autor.

"The River" não é para os fracos de coração, mas abraçar o risco —além da euforia e ansiedade que isso implica— vai ao cerne da mensagem do livro: "os Riverians estão vencendo".

*(Georgina Quach)*

On the Edge: The Art of Risking Everything (No Limite: A Arte de Arriscar Tudo)

Avaliação:
  • Preço: R$ 356,78 (576 págs.); R$ 121,34 (ebook)
  • Autoria: Nate Silver
  • Editora: Penguin Press

"10 to 25: The Science of Motivating Young People", de David Yeager

Pergunte aos líderes empresariais sobre a vida corporativa hoje, e um problema surge repetidamente: o desafio de gerenciar a geração Z. Tantas publicações já foram feitas que é difícil tornar o assunto novo. Mas, ao recorrer à ciência e à teoria da gestão, David Yeager corta o ruído.

Os grupos etários mais jovens no título —espero— não irão compor uma parte significativa de qualquer força de trabalho. Mas isso não torna o livro irrelevante. Yaeger argumenta que os cérebros são bastante semelhantes entre quem tem 10 e 25 anos, mudando e se adaptando rapidamente, motivados por status e propensos a transformar experiências em questões existenciais. Compreender essas características cria uma lente empática através da qual é possível ver o mundo como uma pessoa mais jovem poderia.

Piadas sobre feedbacks falhos ou alocações de trabalho sendo levadas para o lado pessoal capturam com precisão instâncias em que parece que colegas estão falando línguas diferentes, e a frustração que resulta disso. Um ponto central é o dilema dos mentores —o desafio de criticar o trabalho de colegas mais novos, para que possam melhorar, enquanto também os motiva.

Às vezes, o livro parece um pouco derivado, com lições familiares de muitos tomos de gestão. Mas isso é equilibrado por conselhos práticos e direcionados sobre como gerenciar jovens, desde reconhecer sua sensibilidade à autoridade até encorajar gentilmente o "chefe que está em sua cabeça". As últimas páginas levam isso adiante, com atividades para refletir e planejar ações tangíveis.

Para leitores cansados de generalizações que assombram grande parte do discurso atual sobre gerações, o livro de Yaeger oferece uma visão refrescante sobre os menores de 25 anos. Alguns leitores mais velhos podem até reconhecer algo de si mesmos nos hábitos dos jovens —e obter alguns conselhos úteis também sobre como melhorar suas próprias práticas de trabalho.

*(Bethan Staton)*

10 to 25: The Science of Motivating Young People (10 a 25: A Ciência de Motivar Jovens)

Avaliação:
  • Preço: R$ 298,06 (446 págs.); R$ 57,20 (ebook)
  • Autoria: David Yeager
  • Editora: Penguin

‘Feeding the Machine: The Hidden Human Labour Powering AI’, de James Muldoon, Mark Graham e Callum Cant

A inteligência artificial é um conceito de marketing, que é usado para abrigar tecnologias que variam amplamente, de acordo com o livro. Esta publicação tenta desmistificar a linguagem complexa que envolve esses sistemas, enraizando seu design e consequências na humanidade.

Impulsionado por centenas de entrevistas com pessoas na linha de frente dessa revolução tecnológica, "Feeding the Machine" enfatiza as armadilhas da tecnologia, como perpetuar preconceitos e gerar informações imprecisas, bem como os custos humanos do trabalho envolvido no treinamento dessas máquinas para funcionar.

Três acadêmicos da Universidade de Oxford e da Escola de Negócios da Universidade de Essex usam descobertas de horas de trabalho de investigação e pesquisa para explicar o que é novo e diferente sobre a inteligência artificial generativa, e como ela atraiu justificativas exageradas de poder e produtividade.

O estilo narrativo do livro é fácil de ler e envolvente. É contado através das histórias de pessoas reais que trabalham com IA, contrastando as vidas glamurosas dos engenheiros e investidores com as horas extenuantes de trabalho de moderadores de conteúdo ou operadores que estão em armazéns ao lado de máquinas automatizadas.

Os leitores devem terminar este livro conscientes dos setores e empregos mais vulneráveis à IA generativa, como artistas e atores, bem como da disparidade entre o Ocidente e o Sul no mundo, onde o acesso aos serviços de IA é limitado, e os empregos associados à tecnologia têm baixos salários e condições precárias.

Comunica isso em uma linguagem acessível e é um chamado à ação para tomar controle sobre nossos futuros digitais: construir poder dos trabalhadores, responsabilizar as grandes empresas de tecnologia e criar uma melhor compreensão de como esses sistemas funcionam.

*(Cristina Criddle)*

Feeding the Machine: The Hidden Human Labour Powering AI (Alimentando a Máquina: O Trabalho Humano Oculto que Impulsiona a IA)

Avaliação:
  • Preço: R$ 348,76 (334 págs.); R$ 79,38 (ebook)
  • Autoria: James Muldoon, Mark Graham e Callum Cant
  • Editora: Canongate Books

"The Power of Instinct: The New Rules of Persuasion in Business and Life", de Leslie Zane

Todos os dias estamos tentando vender algo —um negócio, um produto, uma causa ou uma ideia. Mas, embora muitos de nós sejamos marqueteiros à nossa maneira, nem todos nós temos sucesso da maneira que gostaríamos. Uma razão para isso, argumenta Leslie Zane, pode ser que confiamos em estratégias desatualizadas sobre como fazemos escolhas.

Consultora de marcas e especialista em comportamento, Zane afirma que entender como as marcas se desenvolvem no cérebro pode nos ajudar a construir startups, promover candidatos políticos ou destacar causas sociais, causando um impacto mais rápido do que poderíamos esperar.

As decisões, diz ela, não são baseadas nem na lógica nem na emoção. Elas são instintivas, impulsionadas por memórias e associações fixadas em nossas mentes. Compreender as regras que determinam essa tomada de decisão instintiva nos ajuda a enfrentar desafios e aproveitar oportunidades de forma mais eficaz.

A autora apresenta uma abordagem baseada na ciência para descobrir as origens de nossas ideias, entender por que fazemos escolhas e nos tornarmos mais tolerantes, compreensivos e empáticos. Este guia prático para marketing ao inconsciente apresenta exemplos reais de McDonald’s a Taylor Swift. Destaca que o cérebro não é um banco de dados organizado: ele não consulta uma lista interna, mas se baseia em associações em nossos caminhos neurais.

O livro oferece mais do que uma visão interna da indústria de marketing ou das últimas tendências em psicologia. Oferece uma compreensão profunda e diretrizes para engajar-se com as forças ocultas que moldam nosso mundo.

*(Leo Cremonezi)*

The Power of Instinct: The New Rules of Persuasion in Business and Life (O poder do instinto: as novas regras de persuasão nos negócios e na vida)

Avaliação:
  • Preço: R$ 165,21 (272 págs.); R$ 51,90 (ebook)
  • Autoria: Leslie Zane
  • Editora: PublicAffairs

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