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Em Berlim, Macron pede união franco-alemã para evitar que o mundo 'mergulhe no caos'

O presidente francês se reuniu com a chanceler Angela Merkel e falou de novos rumos para o bloco europeu

A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Emmanuel Macron cumprimentam-se após coletiva de imprensa, em Berlim - Odd Andersen/AFP

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Berlim | AFP

O presidente Emmanuel Macron pediu durante discurso em Berlim neste domingo (18) que a Alemanha inaugure com a França uma nova etapa na construção da Europa para evitar que o mundo "mergulhe no caos" e assim se garanta a paz.

"A Europa, e dentro dela o par franco-alemão tem a obrigação de não deixar o mundo mergulhar no caos e sim acompanhá-lo no caminho da paz, e, para isso, a Europa deve ser mais forte, mais soberana", declarou o chefe do Estado francês em um discurso na Câmara dos Deputados alemã.

"Nosso mundo está numa encruzilhada", acrescentou, alertando contra o risco de cair no "nacionalismo sem memória" e no "fanatismo sem referências".

"Esta nova responsabilidade franco-alemã é a de fornecer à Europa ferramentas para a sua soberania", disse Macron, fazendo menção especial à necessidade de construir uma defesa comum e estabelecer um sistema de asilo harmonizado em termos de migração.

"Este novo passo nos assusta porque teremos que compartilhar nossa capacidade de decisão, política externa, imigração e desenvolvimento, e uma parte crescente de nosso orçamento e até recursos fiscais", acrescentou. 

Ele insistiu ainda na necessidade de tornar o euro "uma moeda internacional dotada de um orçamento".

RISCOS

A luta contra o desafio do populismo não está ganha, disse Macron. "Implica assumir novos riscos e superar as dúvidas".

O discurso do presidente francês no Parlamento alemão ocorre menos de um mês após a chanceler Angela Merkel dizer que não buscará um quinto mandato na chefia de governo em 2021 e que deixará a liderança da União dos Democratas Cristãos (CDU) no fim de 2018. 

“É hora de dar início a um novo capítulo”, afirmou Merkel, na saída de uma reunião com correligionários, acrescentando que a mudança traz mais oportunidades do que riscos.

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