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Descrição de chapéu Venezuela

Além de Maduro, é preciso tirar máfias do Estado, diz líder opositora venezuelana

Para María Corina Machado, novas eleições podem ser realizadas ainda neste ano

A ex-deputada Maria Corina Machado, que teve seus direitos políticos cassados em 2014 - Federico Parra - 10.dez.2017/AFP

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Caracas

Para a líder oposicionista María Corina Machado (Vente Venezuela), 51, chegou o momento de “sincronização histórica” para o fim da ditadura de Nicolás Maduro.

Esse processo, porém, ainda pode tomar semanas ou meses. “O ideal é que seja o mais rápido possível, imagino que será possível ter eleições livres e justas ainda neste ano”, disse à Folha, em entrevista em seu escritório, em Caracas. Neste caso, afirma: “serei candidata”.

Corina crê que as declarações da cúpula das Forças Armadas, que declararam lealdade a Maduro, era “previsível, porque elas estão aterradas, sabem que serão abandonados pelos oficiais de baixas patentes e pelo próprio Maduro”.

Por Maduro? Sim, Corina crê que sim, que a estratégia do ditador é esvaziar as Forças Armadas e transferir suas armas e poderes aos coletivos (grupos paramilitares chavistas) e a organismos de repressão ligados ao Executivo, como o Sebin, o Conas e o Faes.

“Eles foram os responsáveis por essa matança dos últimos dias”, referindo-se ao mais de 30 mortos nas manifestações da semana.

Corina, enquanto falava com a Folha, se preparava para ir ao funeral de um garoto em Macarao que, na manhã anterior, havia tirado uma foto ao lado dela. “Tenho que ir, temos que estar presentes. Estão matando nossos jovens.”

Com relação ao futuro de Maduro, Corina crê que não pode haver impunidade, porém “falar de detalhes sobre o acordo de saída, agora, pode atrapalhar o processo. Com ele, agora, só temos de combinar o dia e as garantias para que saia do poder.”

A opositora faz também um alerta de que “será longo o processo depois, porque não basta tirar Maduro, é preciso tirar as máfias, o ELN e os cartéis de nosso país e punir os políticos que viveram desse narcoestado.”

Corina também explicou porque é errado dizer que Juan Guaidó, líder da Assembleia Nacional, se “autoproclamou” presidente, porque “isso sugere um ato de rebeldia, quando ele fez o que a Constituição manda fazer em casos de vazio de poder: o presidente da Assembleia deve juramentar-se como presidente encarregado e convocar novas eleições. Ele não tinha escolha, é sua obrigação.”

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