Celibato dos padres não é opcional, diz papa
Francisco faz ressalva a ordenação de casados em regiões remotas
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O papa Francisco rejeitou claramente nesta segunda-feira (28) o questionamento do celibato dos padres feito por alas da Igreja Católica e afirmou que essa condição não pode ser "uma opção".
"Pessoalmente, acho que o celibato é um presente para a igreja. Em segundo lugar, eu não concordo em permitir que o celibato seja opcional", declarou o papa, questionado sobre o possível casamento de padres ou a ordenação de homens casados dentro do rito romano da Igreja Católica.
No entanto, ele considerou "algumas possibilidades para lugares muito remotos", mencionando as ilhas do Pacífico ou a Amazônia quando "existe uma necessidade pastoral".
"É algo em discussão com os teólogos, não é uma decisão minha", acrescentou cautelosamente.
O diaconado, o primeiro grau do sacerdócio, permite pregar, batizar e servir no altar. O sacerdócio então permite ser totalmente responsável por uma paróquia.
Em relação ao rito romano, observado pela grande maioria dos católicos, o papa insistiu em sua rejeição de tais práticas.
"Minha decisão sobre o celibato opcional antes do diaconato é: não, essa é a minha opinião pessoal. Mas eu não vou impô-la, para que fique claro. Talvez eu possa parecer fechado sobre o assunto, mas eu não pareço assim diante de Deus com esta decisão", disse.
O papa Francisco afirmou em várias ocasiões que a proibição da ordenação de homens já casados não era uma doutrina fixa, parecendo abrir o debate e causando mal estar em algumas fileiras católicas.
A prática do casamento existe há séculos, e os textos bíblicos indicam que o apóstolo Pedro tinha uma sogra. A exigência de ser solteiro para entrar no clero da Igreja Católica Latina remonta apenas ao século 11.
Em março de 2017, o papa Francisco anunciou publicamente que "refletia" sobre a possibilidade de ordenar "viri probati", homens casados de idade madura envolvidos na igreja, excluindo assim essa abertura para os homens jovens, e é claro mulheres.
A hipótese dessas ordenações estará em pauta em outubro de 2019 no próximo sínodo dedicado à Amazônia, um imenso território latino-americano que sofre com a falta de padres.
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