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Frio extremo nos EUA deixa ao menos 21 mortos; mínima em Chicago pode bater recorde

Pacientes vão a hospitais com queimaduras causadas pelo frio; mais de 4.800 voos foram cancelados

Casal no lago Michigan congelado em Chicago - Joshua Lott/AFP

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Nova York

Ao menos 21 pessoas morreram até o início da noite desta quinta (31) em decorrência da onda de frio extremo que atinge os Estados Unidos e que, segundo estimativas, submeteu sete em dez americanos a temperaturas congelantes.

O clima adverso teria provocado mortes ao longo do país, entre elas a de um homem que desmaiou após retirar neve e congelou na garagem de sua casa, em Milwaukee, Wisconsin.

Em Iowa, autoridades disseram que quatro pessoas morreram nesta semana, entre elas um estudante da universidade de Iowa, cujo corpo foi encontrado nesta quarta. A temperatura estimada na hora de sua morte era de -29ºC, segundo o serviço climático nacional.

Há informações de mortes provocadas por chuvas em Ilinois, Minnesota, Indiana e Wisconsin, segundo autoridades. Nos hospitais, pacientes relatavam queimaduras causadas pelo frio.

Em Mineápolis, os termômetros marcaram mínimas de -33ºC, com sensação térmica alcançando -47ºC. Milwaukee registrou -28ºC, e Fargo, na Dakota do Norte, teve -36ºC. Em Chicago, nesta madrugada, a expectativa era que a temperatura desabasse para -32ºC, um recorde para a cidade.

O frio provocou ainda uma série de outros impactos no país. Em Minnesota, visitas a presidiários foram canceladas. Em Indiana, a coleta e reciclagem de lixo sofreram atrasos, enquanto em Wisconsin distribuidores deixaram de entregar cerveja, com medo de que a bebida congelasse.

Apesar das temperaturas congelantes, em Michigan, a governadora Gretchen Whitmer pediu aos moradores que reduzissem o uso do aquecimento. Um incêndio em uma estação de gás natural no condado de Macomb, responsável por um quinto do armazenamento local de gás natural, interrompeu o fluxo de toda a unidade.

Até mesmo os correios americanos, que têm como lema a entrega dos produtos em quaisquer condições, foram forçados a suspender as entregas em lugares gélidos.

No transporte, mais caos. Mais de 4.800 voos em aeroportos americanos foram cancelados nesta quarta e quinta, segundo o site FlightAware.com. Desses, mais de 3.500 partiam ou tinham como destino Chicago.

A Amtrak, de transporte ferroviário, cancelou os serviços também que saíam ou tinham como ponto final a cidade por causa do clima. Diariamente, 55 trens partem ou chegam a Chicago.

No Meio-Oeste americano, a quinta-feira ainda deve ser de temperaturas baixas, conforme o ar gelado se move em direção ao leste.

Mas as temperaturas devem subir nos próximos dias, ainda que o serviço climático nacional americano estime que 75% da população seja afetada pelo frio congelante.

Erramos: o texto foi alterado

Diferentemente do citado em versão anterior deste texto, a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, pediu aos moradores que reduzissem o uso do aquecimento, não que o desligassem. O texto foi corrigido.

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